Os recentes dados de exportação de algodão dos Estados Unidos indicam um crescimento significativo na demanda internacional por pluma neste mês de maio. Este aumento na procura tem provocado um salto nos preços físicos do algodão no Extremo Oriente, o que, por sua vez, alavancou os valores do produto na Bolsa de Nova York (ICE Futures).
No Brasil, a situação também é impactada por essas movimentações globais. De acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as cotações internas do algodão receberam suporte devido à maior paridade de exportação. Contudo, o avanço da colheita da temporada 2023/24, que está prevista para registrar uma boa produção, tem limitado as altas no mercado doméstico.
Influência nas cotações e novos contratos
Pesquisadores do Cepea observaram que a recuperação nos preços internacionais estimulou a realização de novos contratos a termo no Brasil. Estes contratos foram firmados tanto a valores fixos quanto a valores a serem determinados posteriormente. A expectativa de uma colheita robusta contribui para a cautela no mercado interno, evitando uma disparada nos preços, apesar das influências externas favoráveis.
O cenário atual demonstra uma interdependência significativa entre os mercados globais de algodão e a produção brasileira. Enquanto a demanda externa continua a pressionar por preços mais altos, a boa expectativa de colheita no Brasil traz um equilíbrio, evitando flutuações excessivas no mercado interno. As próximas semanas serão decisivas para observar como esses fatores se alinham e quais serão os impactos reais nos preços do algodão tanto no mercado internacional quanto no brasileiro.