O mercado doméstico de algodão em pluma iniciou fevereiro com negociações pontuais, em meio a dificuldades para se estabelecer um consenso sobre preço e qualidade dos lotes disponíveis. Enquanto alguns compradores tentam adquirir novos volumes a valores mais baixos, outros estão dispostos a pagar mais para garantir a oferta, evidenciando a falta de um equilíbrio entre oferta e demanda no setor.
No cenário internacional, o Brasil tem se destacado com um início de ano acelerado nas exportações de algodão, alcançando volumes recordes. Segundo a Secex, apenas em janeiro, foram embarcadas 415,6 mil toneladas da pluma, o maior volume já registrado para o mês. Esse desempenho reforça a posição do Brasil como um dos principais exportadores globais da commodity.
O acumulado dos últimos 12 meses (de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025) mostra um avanço expressivo, com mais de 2,9 milhões de toneladas exportadas. Esse resultado também representa um recorde histórico para o período, impulsionado pela forte demanda externa e pela competitividade da fibra brasileira no mercado global.
Diante desse panorama, o setor segue atento às oscilações de preços internos e externos, além das condições climáticas que podem influenciar a próxima safra. Enquanto as exportações se mantêm aquecidas, a instabilidade nas negociações no mercado interno pode impactar o ritmo das transações nos próximos meses.