Escola estadual de tempo integral envolve mais de 300 estudantes na produção de hortaliças

Alunos da Escola Estadual Padre João Panarotto participam da produção que é destinada à alimentação escolar

Fonte: Rui Matos | Seduc-MT

Assessoria
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Os mais de 300 estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral Padre João Panarotto, em Cuiabá, estão envolvidos no Projeto Hortas Escolares, coordenado pelas Secretarias de Estado de Educação (Seduc-MT) e de Agricultura Familiar (Seaf-MT). A produção de hortaliças, frutas e outros alimentos orgânicos é destinada à alimentação dos próprios alunos.

Lançado em 2019 pelo Governo de Mato Grosso, neste ano o projeto recebeu recursos da ordem de R$ 3,2 milhões para atender as 329 escolas que apresentaram propostas.

De acordo com o gestor educacional da unidade, Amauri Euzébio da Silva, o projeto beneficia 313 estudantes do ensino fundamental e médio com ações interdisciplinares que estabelecem relações entre a instalação, o manejo das cultivares e os conhecimentos curriculares.

“Cultivamos a nossa horta em anos anteriores, mas, com essa parceria, ampliamos ainda mais o apelo pedagógico, o empreendedorismo e o protagonismo juvenil”, destacou.

A ideia de implantar uma horta com mudas frutíferas já era uma vontade dos profissionais de educação. “Era algo que idealizávamos há algum tempo, pois observamos a necessidade de envolver nossos estudantes em atividades diversificadas, interdisciplinares e transversais, visto que nossa escola é de tempo integral”, explicou a professora Lidiane Almeida da Silva.

De acordo com o professor Paulo Rosa, os estudantes são os verdadeiros protagonistas do projeto. “Envolvidos desde a ideia inicial na implantação e na manutenção da horta, e contribuindo de maneira efetiva no processo de ensino e de aprendizagem, eles experimentam diferentes abordagens que contribuem com o crescimento individual e coletivo”.

Ele destacou que as ações contam com a participação de todo o corpo docente e os demais trabalhadores da educação da escola. “O objetivo, em primeiro lugar, são os fins didáticos na formação dos estudantes, assim como o aproveitamento da produção de hortaliças e temperos verdes na alimentação escolar”.

Para a coordenadora pedagógica, Kátia Alessandra, os projetos são desenvolvidos de maneira extracurricular e o objetivo é expandir cada vez mais para a comunidade. “Quando há excedente, os estudantes considerados hipossuficientes levam um kit de produtos para casa. Essa atividade também tem o seu lado social”, pontuou.

O projeto conta com o apoio da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) que, nesse ano, fez a doação de 50 mudas de bananeiras e presta assessoria de manejo e manutenção da horta e da plantação das novas mudas.

“Dentre as parcerias formadas através da Seduc e Seaf, receberemos todo o suporte técnico de agrônomos que nos ajudam no trabalho com o solo”, contou o professor Edimilson Almeida, também envolvido no projeto.

Atualmente, está sendo feito o plantio de bananeiras, mandiocas, entre outras. O foco agora é ampliar o cultivo na escola e multiplicar as mudas para doar aos estudantes.