Os anos se passaram e cada vez mais os estudos sobre tais impactos e correlações foram se aprofundando. Atualmente, sabemos que existem teleconexões nos Hemisférios Norte e Hemisfério Sul, mas como tais eventos podem impactar as operações das ferrovias? Antes de responder tal questão, devemos conhecer tais eventos.
Como destaque maior aos eventos de teleconexões está a Oscilação Sul (OS). A OS têm impacto direto nos ativos das empresas na américa do sul, seja por regime baixo ou alto de precipitação, o que impacta não somente as atividades operacionais, mas também os custos diretos com energia.
Dos eventos que mais impactam as operações e as atividades das ferrovias na região brasileira estão os fenômenos de La nina e El nino, e tais eventos trazem prejuízos econômicos diretos no Brasil e consequentemente para os operadores ferroviários. Aqui na América do Sul (AS) é afetada por ondas conhecidas como cavados e cristas. Os cavados e cristas são fenômenos que acarretam chuvas ou secas em determinada região. A influência do Pacífico Atlântico Sul (PSA) em escala intrasazonal afeta as regiões Centro-Oeste, Sudeste e sul da região Nordeste por meio da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). A ZCAS é um dos principais sistemas chuvosos que desencadeia riscos de alagamentos, inundações, deslizamentos, descargas elétricas, entre outros. Este é um dos exemplos de sistemas de teleconexões que ocorrem no país e impactam regiões localizadas do país.
Outro exemplo comumente encontrado na literatura são sistemas de bloqueio, ou seja, fenômenos de grande escala e, escoamento de ondas que impedem a passagem de sistemas frontais na região Sul do país. Os sistemas de bloqueio impactam diretamente as ferrovias da região sul do país, pois quando atuante, favorece com que os sistemas frontais fiquem estacionados e, consequentemente, o volume de chuvas e a intensidade da ocorrência destes eventos são mais intensos, chuvas intensas e volumosas, alterações das marés, ventos e ondas fortes.
Diante deste motivo, entender os cenários de vulnerabilidade climática é uma das maneiras de reforçar a resiliência das operações. A Climatempo tem expertise no mercado com estudos de tal magnitude, que auxiliam as empresas nas tomadas de decisões e na agenda ESG, frente a uma economia humana e de baixo carbono.