Levantamentos realizados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) indicam que os preços da carne de frango estão em queda neste início de julho, comparado ao mês anterior, no atacado da Grande São Paulo. Em contraste, as cotações das carnes suína e bovina têm registrado alta, o que tem aumentado a competitividade da proteína avícola em relação às suas principais concorrentes.
Segundo os pesquisadores do Cepea, a desvalorização da carne de frango está principalmente associada ao enfraquecimento da demanda, que tem mantido baixa a liquidez no setor atacadista. Esta queda nos preços pode ser vista como uma resposta direta à menor procura, pressionando os preços para baixo à medida que os vendedores buscam atrair compradores.
Por outro lado, o mercado de carne suína tem mostrado sinais de recuperação. As vendas reagiram positivamente no início deste mês, o que levou os frigoríficos nacionais a intensificarem as compras de novos lotes de animais para abate. Este aumento na demanda tem contribuído para a elevação dos preços da carne suína.
No mercado de carne bovina, as vendas seguem em um ritmo moderado, mas constante, com um leve aquecimento especialmente para os cortes mais baratos. Essa tendência sugere uma procura estável, embora não intensa, que tem suportado a elevação das cotações da proteína bovina.
A combinação desses fatores – queda nos preços da carne de frango devido à baixa demanda, aumento das vendas e preços da carne suína, e estabilidade nas vendas da carne bovina – tem fortalecido a competitividade da carne de frango no mercado atacadista da Grande São Paulo. Este cenário destaca as dinâmicas distintas dos mercados de proteínas animais e reflete como a demanda e a oferta influenciam diretamente os preços e a competitividade de cada tipo de carne.