Começou a colheita do café clonal e a expectativa é alcançar 110 sacas por hectare.

O Dia Especial contou com a participação de 30 produtores, que visitaram propriedades que estão realizando a colheita do café clonal.

Fonte: Redação CenárioMT

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Com uma produtividade que poderá ultrapassar 100 sacas de café por hectare nesta safra, o produtor rural Lucas Muller, do município de Nova Bandeirantes (1.026 km ao Norte de Cuiabá), recebeu em sua propriedade mais de 30 cafeicultores para mostrar a sua área de quatro hectares com 11 mil pés de café clonal.

Além do cultivo da cultura, o produtor produz muda de café para comercialização. O Dia Especial foi uma realização da Secretaria Municipal de Agricultura, que promoveu a visitação em  propriedades que estão colhendo a primeira safra. Lucas começou o cultivo de café clonal em 2014 e já na primeira safra conseguiu colher 87 sacas de café por hectare.

Na segunda safra, que começa em abril, está mais otimista, podendo alcançar a média de 110 sacas por hectare. “Planto café há 20 anos no município e a produtividade não chegava a 12 sacas por hectare. Com essa nova técnica do café clonal pretendo ampliar a área e cultivar 30 mil pés de café”, enfatiza.

Na propriedade de 15 hectares, localizada na Comunidade São José, o trabalho é realizado pelo produtor e a sua esposa, Maria Aparecida Gonçalves. A produção de mudas é vendida a R$ 1,00 para os produtores da região. Para a ampliação da área com o cultivo da cafeicultura, ele pretende financiar recursos na ordem de R$ 150 mil do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Thiago Tombini, fala que produtores investiram no cultivo do café clonal e hoje estão colhendo os primeiros frutos. Ele esclarece que alguns deles estão cultivando a variedade BRS Ouro Preto, oriunda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outros cultivam as variedades Conilon (Coffea canephora) e clones de Robusta (Coffea canephora).

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Revitalização da cafeicultura

“Hoje foi o dia de os produtores verem o resultado de muitos anos de trabalho e assistência técnica para desenvolver a cafeicultura na região. Para atingir a produção de 80 sacas por hectare foram repassadas novas técnicas, como a produção de mudas, podas de formação, adubação, irrigação e controle de pragas e doenças”, informa Tombini.

Durante o evento, os produtores visitaram algumas propriedades que estão realizando a primeira colheita do café clonal, chegando a uma produção de 80 sacas por hectare. O encerramento da visita foi na propriedade do produtor Devonzil Gallo, que possui uma área plantada de três hectares, e fez uma demonstração de como realizar a colheita de forma mecanizada.

O produtor e seu filho, Igor Gallo, já começaram a realizar a colheita do café. Segundo Devonzil, a expectativa é colher 120 sacas de café por hectare. Ele pretende ampliar a cada ano o plantio e chegar a 21 mil pés de café. A insatisfação do produtor é com relação ao preço, que essa semana na região chegou a R$ 210,00 a saca, inferior ao do ano passado, que atingiu R$ 360,00 a saca de café.

Nova Bandeirantes possui mais de 150 cafeicultores e faz parte do Programa de Revitalização da Cafeicultura no Estado de Mato Grosso (Pró-Café), desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) e Empaer em parceria com a Embrapa Rondônia,  Embrapa Agrossilvipastoril e Prefeituras. O Dia Especial atraiu a atenção de produtores de outras regiões e teve a participação de produtores de Alta Floresta, Nova Monte Verde, Nova Santa Helena e Nova Ubiratã.

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