Os preços internos do arroz em casca devem permanecer firmes em 2024, sustentados sobretudos pelos menores estoques. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a sazonalidade da oferta (com maior volume de março a abril) e a necessidade de “fazer caixa” para pagamentos de custeios até podem elevar pontualmente a disponibilidade doméstica e, consequentemente, pressionar os valores, mas, na entressafra, os preços devem ficar firmes.
No que se refere aos custos e receitas no Brasil, produtores devem iniciar este ano com maior otimismo que a safra anterior.
Segundo pesquisas do Cepea, os preços estão nos maiores patamares históricos, em termos reais, enquanto os custos foram pressionados, abrindo a expectativa de uma boa margem operacional.
Contudo, dois pontos devem ser destacados: há produtores que tiveram necessidades de replantios e custos maiores com operações de máquinas para preparação de áreas, diante de chuvas expressivas na região Sul e de casos de potencial produtivo menor.
Além disso, é importante destacar que a cultura vem sofrendo há anos com baixos retornos; ou seja, uma melhor margem desta temporada deve ser apenas um alívio aos produtores de arroz.