As atividades de colheita da primeira e segunda safras de milho seguem avançando no Brasil, mas agentes do setor continuam incertos quanto à produção da segunda safra em algumas regiões. De acordo com pesquisadores do Cepea, o clima ao longo de maio não amenizou a situação das lavouras, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e partes do Centro-Oeste, onde a falta de chuvas tem prejudicado o desenvolvimento das plantações.
Quanto aos preços do milho, os levantamentos do Cepea apontam movimentos distintos entre as praças acompanhadas, refletindo as diferentes condições de oferta e demanda em cada região. Em áreas consumidoras, como partes de São Paulo, os valores recuaram, principalmente devido à retração dos compradores. Esses agentes têm sinalizado que possuem estoques suficientes e estão aguardando um maior volume de produto disponível para negociar a preços mais vantajosos.
De modo geral, os pesquisadores do Cepea explicam que o que prevalece no mercado de milho é uma postura cautelosa por parte dos compradores, que estão bem abastecidos e preferem aguardar uma maior disponibilidade de milho para realizar novas negociações. Esta atitude contribui para a redução dos preços em algumas regiões, onde a demanda está temporariamente reprimida.
Do lado vendedor, a maioria dos produtores analisa cuidadosamente a situação local antes de disponibilizar novos lotes de milho no mercado. Esta avaliação cuidadosa é essencial para determinar o momento mais oportuno para a venda, garantindo assim que possam obter os melhores preços possíveis dadas as condições atuais de oferta e demanda. Com o avanço da colheita, espera-se que as incertezas sobre a produção da segunda safra sejam gradualmente esclarecidas, proporcionando um cenário mais definido para os agentes do mercado.