Nos últimos dias, a maioria das regiões produtoras de mandioca no Brasil enfrentou um clima seco, com chuvas irregulares e localizadas. Essa condição climática tem impactado diretamente a colheita e a comercialização das lavouras de mandioca, especialmente as de 1º ciclo. De acordo com pesquisadores do Cepea, muitos produtores têm mostrado baixo interesse em realizar a colheita e vender suas lavouras, principalmente devido à queda nos níveis de produtividade e ao menor teor de amido, o que resulta em receitas mais baixas.
Por outro lado, a demanda pelas fecularias continua robusta. A necessidade de reposição de estoques de derivados, como amido, permanece alta, impulsionada por um mercado mais aquecido para esses produtos. Essa demanda tem garantido um certo equilíbrio no setor, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelos produtores devido ao clima desfavorável.
A baixa produtividade nas lavouras de 1º ciclo, combinada com a falta de interesse em colher, pode levar a uma oferta mais restrita de mandioca nas próximas semanas. Isso pode resultar em ajustes nos preços, tanto para os produtores quanto para as fecularias, que precisam manter o fornecimento de amidos para atender à demanda do mercado.
Enquanto o clima permanece um desafio, os produtores e as fecularias continuam monitorando as condições e ajustando suas estratégias para lidar com a situação. A expectativa é que, com a possível normalização das chuvas, haja uma melhora na produtividade e na qualidade das lavouras, o que poderia beneficiar todo o setor. Até lá, a tensão entre a oferta restrita e a demanda firme continuará a influenciar os preços e a dinâmica de mercado da mandioca e seus derivados.