A segunda safra de milho e algodão na região de Lucas do Rio Verde enfrentou desafios consideráveis devido às condições climáticas adversas durante o desenvolvimento da cultura. Os produtores que semearam milho enfrentaram um período de estiagem no mês de março, enquanto os que plantaram algodão encararam um período de chuvas mais intenso no início de abril.
Diretor de pesquisa da Fundação Rio Verde, Fábio Pittelkow, analisou os problemas em
frentados pelos produtores rurais nesta temporada. De acordo com Pittelkow, a segunda safra de milho sofreu uma estiagem prolongada em março, prejudicando significativamente as lavouras.
“Este ano tivemos em março um período de estiagem um pouco prolongada que afetou diretamente as nossas lavouras de milho no campo,” explicou Pittelkow.
A falta de chuvas durante um período crítico do desenvolvimento do milho levou a uma estimativa de colheita de aproximadamente 20 sacos a menos por hectare em comparação com a safra anterior.
Além das condições climáticas, o diretor mencionou que alguns produtores reduziram o investimento em adubação e sementes, o que também impactou negativamente a produtividade, devido ao preço do grão.
A colheita do milho está em andamento, com resultados variados e alguns casos de perdas na qualidade dos grãos (avariados).
A safra de algodão também não escapou dos efeitos climáticos adversos. Após o período de estiagem, houve cerca de quinze dias de chuvas intensas no final de março e início de abril, que causaram prejuízos adicionais à cultura do algodão.
“Para a cultura do algodão nós tivemos uns quinze dias de muita chuva contínua que também acarretou em prejuízo na cultura do algodão,” afirmou Pittelkow.
Diferente do milho, onde a colheita está adiantada, a colheita do algodão na região de Lucas do Rio Verde está ainda começando nas variedades mais precoces.
As chuvas no final de março e início de abril atrasaram o desenvolvimento das plantas, com apodrecimento de maças no baixeiro abortamentos no terço médio da planta, levando muitos produtores a prolongar o ciclo da planta para garantir uma produção melhor no ponteiro da planta. Com isso, a colheita de algodão está prevista para se estender mais do que o usual.
As estimativas iniciais apontam para uma queda na produtividade tanto para o milho quanto para o algodão nesta safra. Apesar dos desafios, os produtores estão avançando com a colheita do milho e se preparando para a colheita do algodão.
“As estimativas apontam realmente pra colhermos menos milho e menos algodão em relação ao ciclo anterior. Mas seguimos firmes nos preparativos pra colheita e já planejando e pensando no próximo ciclo de soja,” concluiu Pittelkow.
A Fundação Rio Verde continua a monitorar a situação e a fornecer suporte aos agricultores, buscando estratégias para mitigar os impactos climáticos e otimizar a produtividade nas próximas safras.