As recentes chuvas em várias regiões citrícolas do estado de São Paulo, apesar de ainda insuficientes, trouxeram um alívio para os produtores que enfrentaram semanas de estiagem e preocupações com os efeitos da seca nos pomares de laranja. De acordo com pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), nas áreas do sudoeste do estado, onde as chuvas foram mais abundantes, há expectativa de que as floradas comecem a se abrir nos pomares de sequeiro, devido à redução do estresse hídrico. Contudo, em regiões onde as precipitações foram limitadas ou inexistentes, ainda é necessária mais umidade para induzir a floração.
Em relação às exportações de suco de laranja, a safra 2023/24, que se encerrou em junho de 2024, registrou uma queda no volume embarcado. Conforme dados do Comex Stat, o Brasil exportou um milhão de toneladas da commodity em equivalente concentrado, representando uma redução de 8,1% em comparação com a temporada anterior.
As chuvas recentes trazem uma leve esperança para os produtores, mas a necessidade de umidade adicional permanece crucial para garantir a abertura das floradas e o desenvolvimento saudável dos pomares. Enquanto algumas áreas começaram a ver os benefícios da quebra do estresse hídrico, outras continuam a aguardar por precipitações mais significativas. Esta situação mista destaca a importância de um monitoramento contínuo das condições climáticas e a adaptação das práticas agrícolas para mitigar os efeitos da seca prolongada.
As precipitações em São Paulo oferecem um respiro aos produtores de laranja, mas a irregularidade das chuvas ainda impõe desafios significativos.