Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custeio da soja para a safra 2024/25 em Mato Grosso permanece desfavorável, apesar de uma leve queda nos custos de produção em comparação com o mês anterior.
Em fevereiro, o indicador projetou um custo de produção médio de R$ 4.145,75 por hectare no estado, uma redução de 0,19% em relação a janeiro, impulsionada pela diminuição nos preços dos fertilizantes, corretivos e defensivos.
No entanto, mesmo com essa redução mensal nos custos, a relação de troca da saca de soja para uma tonelada dos principais produtos ainda não está favorável para os produtores do estado, conforme destacado pelos analistas do Imea.
Para adquirir uma tonelada de Super Simples (SSP) e de MAP, os produtores precisam entregar, respectivamente, 21,93 sacas e 40,45 sacas de soja.
Esse cenário desfavorável na relação de troca é resultado do significativo recuo nos preços futuros da oleaginosa. Diante desse desafio inicial na temporada, é fundamental que os produtores de soja de Mato Grosso monitorem de perto seus custos e estejam preparados para aproveitar as flutuações do mercado e minimizar os riscos da próxima safra.
Por outro lado, o esmagamento da soja atingiu um recorde em fevereiro, com um volume processado de 1,04 milhão de toneladas, representando um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2023 e à média dos últimos cinco anos em Mato Grosso.
Diversos fatores contribuíram para esse aumento, incluindo a abertura de novas indústrias no estado e a demanda externa aquecida, especialmente pelo farelo de soja.
Quanto à margem bruta de esmagamento, o indicador alcançou uma média de R$ 538,42 por saca em fevereiro, um aumento de 3,21% em relação a janeiro, impulsionado principalmente pela queda nos preços da soja em grãos.
Para março, espera-se que o ritmo de esmagamento continue aquecido, com perspectiva de aumento na margem bruta média estadual nos primeiros quinze dias do mês, conforme indicado pelos técnicos do Imea.
