O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que pretende trabalhar em diálogo com outros ministérios para viabilizar seus projetos na agricultura. “Com muita participação em debates, mostrando a importância de investimentos e de recursos públicos para equalização de taxas de juros, principalmente para pequenos e médios produtores, da importância do seguro agrícola para todos os produtores, de programas de modernização de frota, da importância de resgatarmos o Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), o Moderinfra (Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido) e o Mais Alimentos para pequenas propriedades. Trabalharemos em conjunto com Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e com o Ministério da Pesca e Aquicultura, atividade que está se modernizando, gerando emprego, renda e exportações. Trabalharemos transversalmente com cinco, seis, com quantos ministérios forem necessários. Também com o Ministério da Fazenda e do Planejamento e Orçamento para nos garantir recursos para fazer políticas públicas à população”, disse o ministro.
Fávaro diz que o orçamento já foi ajustado. “A Lei Orçamentária Anual (LOA) apresentada pelo governo passado deixava o orçamento para agricultura 14% menor em relação ao ano anterior. Com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição da transição, reajustamos e, em vez de reduzir 14%, cresceu quase R$ 1 bilhão. É o possível que podemos fazer com recursos públicos para a agropecuária brasileira e melhor que o ano passado. Conseguimos dobrar o orçamento da Embrapa. Em 2022, 96,5% do orçamento da estatal foram para a folha de pagamento e custeio; sobrou apenas 3,5% para a pesquisa, inovação tecnológica para melhorar a agropecuária brasileira. De R$ 150 milhões em 2022, o orçamento da Embrapa foi a R$ 300 milhões em 2023. Trabalharemos com o Congresso Nacional para receber emendas parlamentares com a proposta de receber mais R$ 200 milhões. Precisamos da boa vontade dos parlamentares em ajudar a reestruturar a Embrapa, e sabemos que há.
O seguro será prioridade total para todos os produtores terem segurança nas intempéries. Todos os produtores precisam também de investimento. Estará assegurado no Plano Safra, também com o PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) e Moderfrota. Custeio e equalização de juros serão prioridades para pequenos produtores e, na medida do possível, para médios produtores. Os grandes têm acesso a crédito internacional com juros bastante reduzidos e volumes abundantes”, conclui o ministro da Agricultura.