Três Estados brasileiros já registram casos de ferrugem asiática, considerada a doença mais severa da cultura da soja. O clima atípico, com excesso de chuvas no sul e seca na maior parte do país, são fatores que podem propiciar o surgimento da doença.
De acordo com o Consórcio Antiferrugem, seis casos foram reportados: dois em São Paulo (Itapetininga e Paranapanema), outros dois no Paraná (Mamborê e Ubiratã) e dois no Tocantins (Formoso do Araguaia e Lagoa da Confusão).
Somando os casos de ferrugem em soja voluntária, o número sobe para 36.
Prejuízos
Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a ferrugem asiática pode resultar em perdas de até 90% na produtividade.
Estudos apontam que o fungo causador da doença é facilmente disseminado pelo vento. Com isso, a ferrugem da soja pode ocorrer em todas as regiões produtoras de soja no Brasil. A doença pode surgir em vários estágios da planta, desde a emergência até a maturação.
Um dos sintomas de ferrugem-asiática é o surgimento de pontuações salientes escuras nas folhas, seguida de lesões profundas, secagem e amarelamento da planta. Com isso a formação dos grãos pode ser afetada, levando à queda prematura das folhas.
O manejo eficiente da doença é necessário desde o início da cultura, com a rotação de ativos para reduzir os danos.
Em condições mais críticas, os prejuízos podem passar de R$ 6 mil por hectare.