Os preços dos cafés robusta e arábica mantêm uma trajetória de alta expressiva no Brasil, impulsionados por restrições na oferta e valorização no mercado internacional. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o Indicador CEPEA/ESALQ do robusta tipo 6 , peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo, atingiu o maior patamar real da série histórica iniciada em 2001, acumulando alta superior a 100 % em 2024.
A escalada nos preços do robusta reflete a oferta limitada da variedade no Brasil e no Vietnã, maior produtor mundial, além do impacto dos preços elevados do arábica, que exercem pressão adicional sobre o mercado.
Arábica alcança maior valor desde 1998
O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 , bebida dura para melhor, posto na capital paulista, ultrapassou a marca de R$ 1.800,00/saca de 60 kg , o maior patamar real desde fevereiro de 1998. No acumulado do ano, a A valorização chega a quase 80% , impulsionada pela oferta restrita e pela alta percentagem de café já comercializado pelos produtores, dependendo da disponibilidade no mercado.
Perspectivas para a safra 2025/26
As atenções agora se voltam para o desenvolvimento da próxima safra (2025/26). Pesquisadores do Cepea apontam que condições debilitadas de boa parte das atividades podem comprometer a produção no ano que vem, gerando expectativas de uma oferta abaixo do esperado . Este cenário pode manter os preços firmes e pressionados no mercado interno e externo.
Com a demanda mundial aquecida e a oferta em queda, o mercado de café segue em um momento de grande volatilidade, destacando a importância de estratégias comerciais e de manejo eficientes para os produtores.