Em um marco histórico para a agropecuária nacional, o Brasil se declara livre da febre aftosa sem a necessidade de vacinação dos rebanhos. A conquista, fruto de mais de 50 anos de trabalho dedicado do Serviço Veterinário Oficial e dos produtores rurais, coloca o país na elite da sanidade animal mundial, abrindo portas para novos mercados e impulsionando a economia.
O anúncio oficial foi feito pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto, na quinta-feira (2). A publicação de uma portaria no Diário Oficial da União oficializa a conquista e reconhece o Brasil como livre da doença.
“Esse é um momento memorável para a nossa agropecuária,” declara o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. “A erradicação da febre aftosa sem vacinação é um divisor de águas, que demonstra a qualidade do nosso rebanho, a excelência do nosso sistema de defesa sanitária e o compromisso do Brasil com a produção de alimentos seguros e confiáveis.”
Com o maior rebanho bovino comercial do mundo, o Brasil almeja agora o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como país livre da febre aftosa sem vacinação. Essa conquista abrirá as portas para mercados ainda mais exigentes e lucrativos, como Japão e Coreia do Sul, impulsionando as exportações e gerando ainda mais renda para o país.
“Mais do que o fim da vacinação, essa conquista representa o início de uma nova era para a agropecuária brasileira,” ressalta Fávaro. “Entramos para um grupo seleto de países que ostentam esse status, e isso nos coloca em uma posição de destaque no cenário global. É um marco que nos motiva a seguir em busca de ainda mais conquistas para o nosso setor.”
A erradicação da febre aftosa também trará benefícios diretos para os produtores rurais. Com o fim da vacinação, estima-se uma economia de mais de R$ 500 milhões por ano, que poderá ser reinvestida na modernização das propriedades e na qualificação da mão de obra.
O reconhecimento internacional da OMSA é o próximo passo. Para obtê-lo, o Brasil precisa manter a suspensão da vacinação contra a febre aftosa por pelo menos 12 meses e impedir a entrada de animais vacinados no país. O pedido à OMSA será feito em agosto de 2024, com a expectativa de que o aval seja concedido em maio de 2025.
Atualmente, apenas alguns estados brasileiros possuem o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA. Com a erradicação da doença em todo o território nacional, o Brasil se consolida como líder global em saúde animal, demonstrando seu compromisso com a qualidade, a sustentabilidade e a segurança da produção agropecuária.
Essa conquista é um orgulho para todos os brasileiros e um importante passo para o futuro da nossa agropecuária. A erradicação da febre aftosa sem vacinação abre um leque de oportunidades para o país, impulsionando o agronegócio e consolidando o Brasil como referência mundial em produção de alimentos de alta qualidade.