Após três meses consecutivos de saldo negativo, a balança comercial do arroz voltou a registrador superávit em agosto, com um saldo positivo de 29,03 mil toneladas. Entretanto, o panorama anual ainda é desafiador, com um déficit acumulado de 185,4 mil toneladas nos últimos 12 meses, o maior desde outubro de 2021, segundo dados da Secex compilados e analisados pelo Cepea.
Apesar de uma queda nas exportações em agosto de 2024, o volume embarcado foi o segundo maior do ano, permitindo que as exportações superassem novamente como. Contudo, os preços tanto de exportação quanto de importação subiram, destacando um aumento nos custos.
O custo de importação, medido em Reais por saca, atingiu a máxima nominal de toda a série histórica da Secex. Em agosto de 2024, o custo FOB (Free on Board) na origem do produto era de US$ 478,36 por tonelada, ou R$ 132,98 por saca de 50 kg. Quando deflacionado pelo IGP-DI, este valor se aproxima dos níveis oferecidos em agosto de 2015, quando a média alcançou R$ 134,03 por saca de 50 kg.
Esses números refletem a complexa dinâmica do mercado de arroz, que continua a ser influenciada por fatores internos e externos, afetando tanto a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional quanto o custo de aquisição no mercado doméstico.