Aviação Agrícola e Apicultura – PARTE 03: COLHEITA DO MEL (VÍDEO)

Fonte: Cenário MT

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Na terceira reportagem sobre as boas práticas da Aviação Agrícola aliada a prática da apicultura, o aviador Comandante Antônio Carlos da Silva, acompanhou a colheita do mel no apiário do senhor Orestes Dorival dos Santos, “Seu Barnabé”, como é conhecido, em Sorriso-MT.

Na safra 2021, Orestes estima colher 1,5 mil quilos de mel, repetindo a média do ano anterior. O apicultor possui 32 colmeias.

Algumas estão em seu sítio, no assentamento Jonas Pinheiro, já bom parte de sua produção de mel vem de colmeias localizadas em áreas de preservação permanentes (APP’s) de uma grande fazenda produtora de grãos, a qual o pequeno chacareiro tem uma pereceria.

Os bons resultados obtidos por Seu Barnabé mostram que é possível aliar as boas práticas agrícolas com o uso da aviação agrícola e a produção do mel.

Os defensivos aplicados de forma correta e dosagem certa não matam as abelhas. A grande causa da mortalidade das colmeias, não só na região Médio Norte de Mato Grosso, mas em todo o Brasil, chama-se ‘Cria Pútrida’, uma doença causada pela bactéria, Melissococus pluton, que infecta as larvas durante seus primeiros dias de vida, causando sua morte, geralmente aos três dias de idade.

Outras doenças como: Acariose; Paralisia; Mal-de-outono; Nosemose; Cria Ensacada, entre outras, também são causadoras da mortalidade e exterminação de diversas colmeias.

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“Estamos em meio a uma plantação de algodão, onde em volta existe o apiário do Seu Barnabé, que tem a assistência técnica da professora Clarisse Saueressig e estamos provando que é possível a existência da apicultura em parceria com a agricultura e com a aviação agrícola. É possível uma harmonia, graças ao método desenvolvido pela professora Clarisse”, comentou o aviador Antônio Carlos.

O apiário do apicultor está localizado a cerca de mil metros da lavoura de algodão.

“Eu enquanto apicultor preciso da agricultura, do agronegócio. A reserva de mata é da fazenda e eles me deixam por minhas abelhas”, comentou Orestes Dorival dos Santos, o ‘Seu Barnabé’.

“A única forma de salvarmos as abelhas é trabalharmos juntos. Apicultores, agronegócio e aviação agrícola. Hoje a cidade de Sorriso vive uma fase maravilhosa em prol das polinizadoras. Então a produção do mel em uma distancia mínima de uma lavoura de algodão, é uma bênção para o apicultor e também para o agronegócio. Sem as abelhas não há sobrevivência, pois elas são as nossas polinizadoras”, completou a especialista.

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A produção do mel se dá a partir do néctar que as abelhas colhem das flores e fazem o processamento nas enzimas digestivas. Com o aprimoramento das técnicas desenvolvidas pela professora Clarisse Saueressig, principalmente nos cuidados com o controle das doenças, é possível uma produtividade cada vez maior.

Além disso, a ampliação do campo de pastagem, com o plantio de árvores melíferas, irá proporcionar aos apicultores da cidade de Sorriso-MT, ampliar ainda mais a produção. Para tanto, a prefeitura municipal está elaborando o projeto ‘Repoflora’, que entre outros aspectos, irá fazer a recuperação de áreas degradas com o plantio de vegetação rica em matéria-prima para as abelhas. (CLIQUE AQUI E CONHEÇA O REPOFLORA)

 

CURIOSIDADE

75% da composição do mel são de açúcares (frutose e glicose), outros 20% é agua e o restante é mineral e vitaminas do complexo B, C, D e E.

De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – a produção de mel no Brasil chegou a 41.594 toneladas, porém, com potencial de ampliação.

Boa parte da produção do mel brasileiro vai para exportação. Ao passo que cada europeu consome cerca de 1,5 quilo per capta do produto, nós não ultrapassamos 100 gramas.

Outra parte do mel produzido no Brasil é destinada para a industrial de cosméticos.

Aviação Agrícola e Apicultura (PARTE 02): projeto em Sorriso, prevê a preservação das abelhas