Os indígenas da etnia Chiquitano que vivem em Vila Bela da Santíssima Trindade, a 512 km de Cuiabá, estão passando dificuldades durante a pandemia do coronavírus. Ao todo, quase 200 famílias precisam de alimentos e alguns de ajuda para pagar aluguel.
Muitos chiquitanos vivem de aluguel e, com a pandemia, alguns ficaram desempregados e outros tiveram redução de salário.
Feliciana Paz, mulher do cacique, está tentando arrecadar doações junto com uma estudante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para as famílias da comunidade.
“Com essa situação da pandemia, o desemprego está cada vez maior. A maior parte que está vulnerável são os chiquitanos, muitas pessoas não têm condições de moradia e está cada vez mais difícil”, afirma.
As escolas estão fechadas e as crianças não fazem as refeições na escola.
Com a pandemia, não se sabe quando as escolas vão reabrir. Eles estão sem acesso à saúde também, já que só possui um agente de saúde para todas as aldeias.
Ela conta que não está tendo políticas públicas para ajudá-los. Foram anunciados vários projetos para a comunidade e nenhum foi colocado em prática até o momento.
Feliciana diz que não tem como plantar para ter o alimento e que uma das maiores dificuldades é o aluguel porque se alguma família não conseguir pagar, vai ter que deixar a casa e não tem para onde ir.
Fernando entrou em contato com a estudante da UFMT, Eduarda Pavan, que já a conhecia através da instituição e os ajudava. Eduarda começou uma campanha, nesta terça-feira (9), para arrecadar doações.
Eles precisam de alimentos, produtos de limpeza e de higiene. Ela criou uma conta no banco que podem ser depositados qualquer valor para ajudá-los.