O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antonio Possas de Carvalho, rebateu as críticas de empresários e do governador Mauro Mendes (DEM) de que o Município se precipitou em ter decretado o fechamento do comércio da Capital logo no início da pandemia, em março passado, quando havia poucos infectados pela covid-19.
Na tarde desta terça-feira (09), Luiz Antonio Possas de Carvalho defendeu a medida e declarou que, caso não fosse realizado o isolamento social naquele momento, Cuiabá teria entre 5 e 6 mil infectados.
No entanto, o secretário disse que não irá polemizar o assunto, pois, o que Mato Grosso precisa é de união contra o novo coronavírus.
“Não vou entrar nessa balela. Ao contrário, estou tentando desarmar os ânimos políticos para trazer o Estado [para atuar junto com a prefeitura]. Temos um inimigo que se chama covid-19. A partir desse momento temos que eleger e fazer o melhor possível pela população e salvar vidas. Não é criar disse e não disse”, rebateu o secretário.
O assunto sobre o primeiro decreto, que fechou comércio de Cuiabá e Várzea Grande, ocorre após as duas prefeituras discutirem um possível lockdown caso a proliferação dos vírus não diminua. Até a tarde desta terça-feira, os dois municípios já tinham registrado 61 mortes em decorrência da doença. Além disso, há poucos leitos disponíveis.
Para tentar frear o avanço do coronavírus o feriado de Corpus Christi deve ser esticado até a próxima segunda-feira (15). A medida já foi confirmada pela prefeita Lucimar Campos (DEM). O prefeito Emanuel Pinheiro deve baixar decreto com a mesma decisão na manhã desta quarta-feira (10).