Assim como a maioria dos clubes do Brasil, o Atlético-MG atravessa grave crise financeira em função da pandemia e, para sobreviver, tem tomado medidas drásticas. Além de cortes salariais e atrasos, o clube também tem feito demissões (que já chegam à marca de 50 funcionários).
Nesta sexta-feira, em entrevista à Rádio Itatiaia, o presidente Sérgio Sette Câmara comentou os desligamentos e fez uma previsão de economia com essa e outras medidas: de R$ 60 a R$ 70 milhões até o fim do ano.
– É um momento muito duro que todos nós estamos vivendo. Você vê grandes empresas fazendo inúmeras demissões para passar por este período de crise. O Atlético não é diferente e também tem que sobreviver. Infelizmente, com muita dor no coração, estamos tendo que fazer demissões para poder passar por este período. Quem sabe mais adiante, em uma situação de melhora financeira, (podemos) recontratar alguns desses colaboradores. Mas infelizmente isso (demissões) tem que ser feito. Dói muito, mas é minha obrigação estar à frente do clube e gerir essa crise com todo cuidado e olhando sempre, em primeiro lugar, o lado do clube.
“As demissões e a consequente redução na folha salarial não são o único item que nós estamos cortando. Existem vários outros cortes que estão sendo feitos no clube para reduzir as despesas. Nosso objetivo é conseguir, no que resta deste ano, um corte em torno de R$ 60 a R$ 70 milhões” – Sérgio Sette Câmara.
Grande parte dos funcionários demitidos trabalhavam na parte administrativa do clube, com salários muito menores àqueles recebidos por atletas. Por que não economizar na folha salarial do time? Sérgio Sette Câmara explicou.
– O carro chefe do clube é o futebol. Ele é a razão de ser do nosso negócio. Quando o futebol vai bem, se nós soubermos administrar com zelo, isso também reflete no resultado financeiro do clube. Você vê que clubes que recentemente tiveram sucesso em campo, o Athletico-PR, Grêmio e Flamengo, tiveram também sucesso nos seus cofres, trouxeram muitas receitas. Para gente buscar receitas, precisamos disputar títulos. Temos que focar no nosso futebol. Ali temos que fazer os maiores investimentos, para que a gente possa ter esse retorno financeiro que possibilite o clube respirar. Essa é a ideia.