A Polícia Militar de Mato Grosso tem uma tropa de 7.145 e, destes, 140 foram afastados das funções no ano passado por problemas de saúde mental, como estresse, ansiedade e depressão. O número representa 5% do efetivo. Além disso, foram registrados dois suicídios de policiais em 2019.
O trabalho dos PMs é estressante e por isso os profissionais de segurança pública precisam de acompanhamento psicológico constante.
Para a diretoria de saúde da corporação, essa situação é preocupante.
O psicólogo Éder José de Lima, que atua na instituição, explica que a profissão em si já é estressante e faz com que os policiais fiquem ainda mais vulneráveis a desenvolverem transtornos emocionais se comparado a outras profissões. “Antes de ser militar, é humano, tem emoções precisa lidar com isso, lidam de forma inadequada álcool, droga”, diz.
O assunto ainda é visto como tabu na sociedade e no meio policial não é diferente. Para disseminar a informação, o setor de assistência social percorre o estado com palestras e orienta a corporação para analisar se o colega está com comportamento diferente do habitual.
A doença mental responde pelo maior número de afastamentos de policiais. É uma profissão estressante. O policial faz dupla jornada tem família para atender. Cada vez mais a droga está entrando na sociedade policiais com problemas de dependência química.
Em Cuiabá, a PM tem cinco psicólogos e três atuam em dois batalhões.