Uma aluna da Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá, está desenvolvendo uma pesquisa para orientar outros estudantes e professores sobre o descarte correto de materiais escolares, em específico, os livros didáticos que a cada três anos são descartados.
Kemelin Kenívia dos Santos explicou que começou a fazer a pesquisa no início deste ano e que o levantamento faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das aulas técnicas de administração que estão em andamento.
Ela ressaltou que os livros devem ser encaminhados para cooperativas ou bibliotecas para que possam ser reutilizados.
“Me perguntei: Para onde vai esse livro didático? O que ocorre com ele? Está prejudicando o meio ambiente?”, disse.
Somente na Escola Estadual Presidente Médici estudam cerca de 1,5 mil alunos. Conforme o levantamento da estudante, a cada três anos cada aluno recebe, em média, de 10 a 12 livros, o que resulta em cerca de 18 mil livros.
A professora e orientadora da pesquisa, Sonia Vasconcelos, ressaltou que o objetivo é descobrir o impacto desses materiais no meio ambiente e orientar alunos e professores sobre a importância do descarte correto.
“Vamos tentar saber se os livros da escola estão sendo descartados de forma correta e até que ponto estão sendo prejudiciais ao meio ambiente”, explicou.
A secretária adjunta da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Rosa Maria Luzardo, explicou que há uma resolução que orienta sobre o descarte desses livros.
“Ele pode constituir um material complementar pedagógico nas bibliotecas ou pode ser concedido para empresas de reciclagem, desde que sejam cadastradas junto à Seduc ou escola no sentido de que essas empresas façam os usos devidos”, disse.
Uma cooperativa de Cuiabá disse que recebe materiais pedagógicos todos os anos. No local, eles fazem a separação das páginas coloridas e pretas e brancas e depois as encaminha para outra empresa, que faz a destinação correta.
“Isso ajuda muito os nossos cooperados. Precisamos ter a consciência de que temos que destinar para o lugar correto todo tipo de material”, ressaltou a presidente da cooperativa, Fátima Ferreira Almeida.
As escolas estaduais recebem os livros gratuitos que são distribuídos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e toda saída desses livros devem ser registrada em ata.