Todos os anos é realizado um teste de proficiência para demarcar o nível dos países não-nativos em inglês no idioma universal. Como é de praxe, a edição deste ano realizada pela Educational First (EF) contou com aproximadamente 100 países.
Ao todo, mais de 2 milhões de adultos com idade média de 23 anos foram estudados. Como já é tendência nos últimos anos, na lista de 2019 a Europa ficou com a liderança, seguida pela Ásia, África e América Latina, respectivamente.
Mais uma vez a América Latina decepcionou no índice de proficiência em inglês. A Argentina é o primeiro latino na lista e está com a 27ª colocação geral. O país, porém, é o único latino a estar entre os 30 primeiros.
O fato de apenas a Argentina estar entre os 30 primeiros colocados no índice da EF é algo preocupante e que mostra como o estudo do inglês precisa ser aprimorado na região latina.
O segundo entre os latinos é a Costa Rica (30º). Logo depois vem o Uruguai (39º), o Chile (42º), a Cuba (43º) e a República Dominicana (44º). O Brasil só aparece bem depois com a 59ª colocação geral.
Apesar da marca baixa, a América Latina está melhorando
O nível de qualidade dos latinos está baixo, mas isso não quer dizer que o índice dos países da América Latina esteve pior nos últimos anos — pelo ao contrário.
De acordo com detalhes divulgados pelo próprio índice, dos 18 países avaliados no continente 12 apresentaram melhorias em relação ao ano passado. O problema, porém, fica para o Brasil que apresentou uma leve queda em sua qualidade no inglês.
A surpresa na lista fica para países menores da América Central que apresentaram um bom índice, como é o caso da Guatemala (46º), que tem uma proficiência geral considerada moderada.
O maior aumento entre os países da América Latina em relação ao ano passado fica a cargo da Bolívia. O país subiu em aproximadamente 2,7% de proficiência e atualmente ocupa a 51ª colocação global.
Diferença entre gerações latinas
O relatório também concluiu que os latino-americanos mais velhos melhoraram sua proficiência. Já o oposto é dito para os jovens adultos, que tiveram uma queda em seus respectivos desempenhos.
No entanto, quando comparado com o resto do mundo, os recém-graduados contam com proficiência parecida com os adultos acima de 40 anos. Portanto, é justo dizer que só na América Latina que ocorre esse fenômeno de pessoas mais velhas falando melhor inglês do que os jovens.
Os piores da América Latina
O ranking também revelou quais países precisam urgentemente melhorar os seus respectivos níveis de proficiência em inglês. Entre os países latinos, alguns se encontram na faixa da proficiência muito baixa.
O pior em termos de qualidade é disparadamente o Equador. O país está apenas com a 81ª colocação e atrás de países como Maldivas, Bangladesh, Jordânia e tantos outros.
Além do Equador, outro país que merece menção negativa é a Venezuela, que ocupa a 73ª colocação total no ranking.
Outros também impressionam negativamente, como é o caso da Colômbia (68º) e México (67º). Quem fecha o top five dos cinco piores da América Latina é o Panamá — país que ocupa a 64ª colocação geral.
O que as outras regiões fazem de tão diferente para ter inglês melhor?
Dos 10 primeiros colocados do ranking deste ano, oito deles são da Europa — apenas África do Sul e Singapura figuram entre os “intrusos” da parte de cima da lista.
Além de toda estrutura melhor encontrada em países como Holanda, Suécia, Noruega, Dinamarca, Alemanha e tantos outros, o que as nações da Europa fazem de tão melhor em relação ao resto do mundo para liderar a lista?
A principal diferença está no fato de que nesses países citados acima o inglês é ensinado desde cedo. Em países como Holanda e Noruega, por exemplo, esse idioma é praticamente obrigatório na infância e isso faz com que a maioria das pessoas sejam fluentes no inglês.
Outro fato muito relevante é que as faculdades normalmente exigem que os alunos aperfeiçoem o inglês junto com as matérias da graduação. Dessa maneira, quem não chega no ensino superior sem o domínio dessa língua passa a aprendê-la durante a faculdade.
Com isso é criada toda uma cultura que engloba o inglês como língua importante para esses países. Tudo isso faz com que o idioma seja introduzido às pessoas de maneira bem natural.