O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado em 10 de outubro. Nesta data, os profissionais da Saúde intensificam ações e promovem debates para falar sobre os diversos transtornos psicológicos enfrentados pelos indivíduos da sociedade. Além disso, os servidores aproveitam a oportunidade para articular planos e estratégias com o objetivo de oferecer aos cidadãos opções e formas de tratamento para os distúrbios mentais enfrentados em alguma fase da vida.
Em Mato Grosso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) realizou, de 8 a 10 outubro, na Escola de Saúde Pública (ESP-MT), uma capacitação que reuniu servidores de 16 Escritórios regionais de Saúde e representantes dos Distrito Sanitários Indígenas (DSEIs), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para definir fluxos de atenção em saúde, melhorar estratégias de notificação e orientar as secretarias municipais sobre como identificar e apoiar os sobreviventes que tentaram interromper a vida.
Foto por: Tchélo Figueiredo – Secom/MT
De acordo com uma das responsáveis pela promoção do evento, a qualificação é importante para promover a padronização dos processos de identificação da saúde mental, pois de acordo com o órgão, existe uma distinção na condução do processo de notificação.
“Precisamos melhorar as notificações, a notificação de lesão autoprovocada, que é competência da vigilância epidemiológica. Este processo é muito difícil de fazer, pois inclui uma entrevista com a pessoa. A notificação, além de ser difícil de fazer, não está tendo adesão na maioria dos casos. Os profissionais capacitados serão multiplicadores que vão levar os procedimentos para suas regiões”, explicou a servidora da Coordenadoria de Promoção e Humanização da Saúde da SES-MT.
Foto por: Organizadores – SES/MT
A SES-MT tem intensificado os processos de qualificação dos atendimentos. Pois, dentro desta realidade, os trabalhos de saúde mental é um importante e forte mecanismo de proteção contra o suicídio, já que os fatores causais podem ser amenizados por meio do tratamento adequado.
Outro importante conhecimento que foi reforçado aos profissionais que estão participaram da capacitação e que atuam na Atenção Primária, da qual fazem parte as Unidades Básicas de saúde, é o processo de ouvir o paciente, observar suas características para direcionar os pacientes para o local certo.
A servidora do setor de coordenadoria de Ações Programáticas e Estratégicas da SES-MT, Luciana Gomes de Souza, explicou que essas ações de treinamento visam ao processo instrução dos servidores para atender todos os públicos que necessitem de tratamento e atenção em saúde mental. Além disso, ela enfatizou que o debate sobre este tema é importante para a construção de planos efetivos para intervenção das pessoas que apresentam comportamento que indicia um possível processo de interrupção da vida.
“Trabalhamos com todos os ciclos de vida e saúde mental, da infância à terceira idade, passando por todas as fases: criança, adulto, adolescente, idoso, sendo homem, mulher e todas as populações em situação de vulnerabilidade. Nosso principal objetivo não é apenas promover a instrumentalização técnica, mas também conseguirmos fazer um fluxo devido e mais próximo do alinhamento das regiões, pois é a partir dos dados desses eventos que vem acontecendo no Estado é que vamos poder elaborar estratégias de intervenção e organizar ações que sejam efetivas para o cuidado”, explicou Luciana.
Foto por: Organizadores – SES/MT
Todos os fatores de risco da saúde mental foram debatidos durante o encontro, que apresenta variadas temáticas para a construção de ações que possam promover a melhor forma de prevenção ao suicídio e reverter os dados negativos.
O evento é resultado da união dos setores da Coordenadoria de Promoção e Humanização da Saúde, Coordenadoria de Ações Programáticas nas áreas da Saúde Indígena e Área Técnica de Saúde Mental, Coordenadoria Técnica de Gestão Regional, Vigilância Epidemiológica e Escola de Saúde Pública.
Postos e unidade de atendimento pelo SUS
As Unidades Básicas de Saúde e Policlínicas têm, de diferentes formas, equipes de saúde que podem acompanhar pessoas em sofrimento mental. Caso seja necessário um serviço especializado em saúde mental, os próprios profissionais encaminharão e farão a regulação pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Há municípios que possuem CAPS (infanto-juvenil, para transtornos mentais e dependência química), os serviços especializados que não exigem regulação ou encaminhamento e atuam como unidades de portas abertas. O paciente pode ser levado diretamente para essas unidades, em horário comercial.
Telefones úteis à população
SEAC – Setor de Atendimento à Crise: (65) 3661-1990
Unidade 3 do CIAPS Adauto Botelho: (65) 3661-4381
Emergência Samu: 192
Centro de Valorização da Vida – CVV: 188 (ligação gratuita).