A Polícia Judiciária Civil, através da Divisão de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Sinop (499 km ao Norte) prendeu em flagrante um cabo da Polícia Militar, de 26 anos, por envolvimento na morte e ocultação de cadáver da enfermeira, Zuilda Correia Rodrigues, 43 anos, que estava desaparecida desde o dia 27 de setembro.
O policial trabalhava no estabelecimento comercial da família e confessou a participação no crime, assim como indicou o local onde o corpo foi ocultado. O desaparecimento da enfermeira foi registrado no dia 28 de setembro pelo marido da vítima, que também está envolvido na ação criminosa e que está foragido.
Durante as investigações, foram realizadas diversas diligências como perícias técnicas no carro da vítima, análises imagens, mensuração do tempo em que levaria cada ato narrado pelos suspeitos. O crime foi esclarecido após a equipe da DHPP realizar novo interrogatório com o policial, quando o suspeito confessou o crime, que ocorreu em frente à residência da vítima.
De acordo com o delegado Carlos Eduardo Muniz, o crime foi motivado por constantes discussões entre a vítima e o marido e também com o policial militar, que prestava serviços no estabelecimento da família. “Ele disse que a ideia inicial era apenas dar um susto na vítima, simulando uma tentativa de roubo, porém, a situação saiu do controle e eles acabaram matando a vítima”, informa o delegado.
O policial indicou ainda onde eles ocultaram o corpo da vítima, que foi encontrado nesta terça-feira (08.10), a aproximadamente 1,5 quilômetro do local em que foi jogado, uma tubulação de bueiro localizada nas proximidades do Centro de Eventos Dante de Oliveira, no município.
Por se tratar de um local de difícil acesso, as buscas contaram com apoio do Corpo de Bombeiros e também foram acompanhadas pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
O corpo estava em avançado estado de decomposição, mas familiares reconheceram as roupas da vítima.
Com base nas evidências, o delegado lavrou o flagrante contra o policial pelo crime ocultação de cadáver (crime de natureza permanente) e também representou pela prisão preventiva do suspeito e do marido da vítima, pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.
“A motivação ainda precisa ser verificada uma vez que essa é a versão apresentada pelo policial militar e o marido da vítima continua foragido”, disso Carlos Muniz.