Um aluno da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), acusa o professor de assédio sexual e perseguição contra ele. Um vídeo, postado na rede social da vítima, expõe a situação que, supostamente, o rapaz estaria vivendo desde 2017 na unidade. O acusado registrou um boletim de ocorrências por calúnia contra o jovem e a UFMT disse ter arquivado a denúncia por falta de provas.
“Estão acontecendo coisas que eu gostaria de partilhar, para que as pessoas levem para as autoridades e vejam esta situação. Estou sendo perseguido na universidade desde 2017. Sofri assédio sexual e moral por parte do professor, que lecionava a disciplina de filosofia. Foi denunciado para a universidade, que fez pouco caso”, disse o jovem.
Ainda segundo o aluno, o professor teria aproveitado o fim de uma aula para convidá-lo para ir até sua casa manter relações sexuais. Ele ainda pontua que teve seus auxílios cortados por conta da situação e está passando por dificuldades até para fazer suas refeições.
“Pedi para este professor me ajudar, porque eu estava com dificuldades. Ele perguntou se eu não queria ir na casa dele para ter uma melhorada na nota, no sentido de ter relações comigo. Ele me persegue desde então, me reprovou. Fiz um procedimento para que afastassem o professor, mas colocaram sob sigilo. Me trataram muito mal e apoiaram o docente. Na época, eu estava com depressão e ela me denunciou administrativamente, mentindo que eu tinha batido nela”, acrescentou.
Em certo momento do vídeo, o rapaz chora e afirma que o país é desonesto. “Lidamos com instituições que legalizam o crime, a tortura, o assédio. Protegem os seus interesses. Estou muito triste, decepcionado. Estou fazendo este vídeo pelo cansaço que eu estou”. A gravação foi postada na rede social do aluno.
Calúnia
O professor acusado de ter assediado e perseguido o aluno registrou um boletim de ocorrências, na última quarta-feira (24), por calúnia. Ele relata no documento que o jovem utilizou seu nome e fez uma denúncia por algo que nunca ocorreu.
“Esta pessoa havia colocado foto de um documento em que me acusava de assédio sexual, foto esta que foi retirada a meu pedido. Este vídeo fora publicado duas vezes, uma delas fora excluído do Facebook, outra ainda não consegui excluir”, diz trecho do boletim.
O professor ainda acrescenta que a difamação que sofre por parte do aluno é antiga e vem desde 2017. “Resolveu inventar que lhe assediei, o que é mentira e ele mesmo reconhece que não há provas, nem testemunhas. Peço que o vídeo seja removido da internet”, finaliza o documento.
UFMT
A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) informou que as denúncias apresentadas foram devidamente recebidas, encaminhadas para Comissões Próprias de Avaliação, conforme rege as normas do Direito Administrativo, que analisaram os fatos e, após análise, foram consideradas improcedentes pelo Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e, portanto, arquivadas, dando ciência da situação das mesmas para o estudante.
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