O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil para apurar irregularidades no processo de avaliação de profissionais de saúde indígena Xavante, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Na prova, realizada no final de março, o índio Magno Tserenhimto Owe Pronhopa recebeu nova 9. Entretanto, ele morreu em 2012.
Diligências do MPF constataram indícios de que o vínculo trabalhista de Magno com Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), prestadora dos serviços, foi mantido até dezembro de 2017. Os agentes suspeitam ainda que os salários, pagos com recursos federais, tenham sido mantidos de foram conveniada.
Após o resultados da prova, várias denúncias contra no processo de avaliação foram registradas na sede do MPF, em Barra do Garças. Diante do que foi apurado, a Justiça constatou que o certame foi realizado sem presença de representantes do MPF e da Fundação Nacional do Índio (Funai), conforme havia sido estabelecido anteriormente.
Outras irregularidades no Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Barra do Garças já haviam sido alvos da Operação Blackmail, em fevereiro deste ano, contra um grupo suspeito de cobrar propina para manter funcionários em cargos da instituição.
Ocorre que na banca avaliadora deste processo seletivo, havia uma das pessoas identificadas pela operação e que é investigada criminalmente por cobrar propinas.
Os envolvidos no processo seletivo e denunciados no inquérito podem responder pelo crime de organização criminosa, vantagem indevida, apropriação de bem público em proveito próprio, além de constrangimento, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter vantagem econômica.