Uma professora de uma escola particular se emocionou ao ganhar um chá de bebê surpresa dos alunos, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, no dia 27 de novembro. A escola onde Natália Garcia dá aulas é a mesma em que ela estudou do maternal ao ensino médio.
Natália é advogada e deixou a carreira para ser professora, após visitar a escola e se encantar com os alunos.
“Sou apaixonada pela pedagogia e me emocionei muito com a surpresa. Foi uma forma de reconhecimento do meu trabalho e, principalmente, a confirmação de que eu fiz a escolha certa”, afirmou.
A professora, que está grávida de 6 meses, conta que as mães dos alunos criaram um grupo em um aplicativo de mensagens para preparar a surpresa e que, a princípio, imaginou que seria apenas um lanche compartilhado de fim de ano.
“Lamentei por não terem me avisado antes, pois não consegui comprar nada para o lanche, mas a coordenadora me disse para ficar tranquila, porque já estava tudo combinado”, contou.
Segundo Natália, ela procurou os lanches que as crianças tinham levado, mas não encontrou. Então, voltou para a sala de aula e esperou um posicionamento da coordenadora.
“Ela foi para a sala e disse que o lanche estava no andar de cima e as crianças começaram a pegar presentes de dentro das mochilas. Nessa hora, comecei já chorar”, declarou.
A professora disse que a sala a qual estava o lanche estava decorada conforme um chá de bebê. Foi então que ela e outras crianças começaram a chorar emocionados.
“Uma aluninha me abraçou e perguntou se eu tinha ficado triste, mas quando disse que estava apenas emocionada, ela chorou junto. Eles levaram vários presentes e não me deixaram comer enquanto eu não abrisse todos”, contou.
Natália disse que não soube de nada e ficou impressionada com a organização dos alunos, pois, na maioria das surpresas, alguma criança acaba contando.
Além da festa e presentes, ela também ganhou cartas escritas e desenhadas a mão pelos alunos.
A carreira
Natália iniciou a carreira de professora há cinco anos, quando decidiu deixar a profissão de advogada para cursar pedagogia.
Ela disse que se formou em direito em 2008 passou na prova da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e atuou como advogada por cinco anos.
“Não era o que me fazia feliz, mas, ao mesmo tempo, não sabia o que queria fazer. Apesar disso, tinha certeza de que não era aquilo que desejei para a minha vida”, contou.
De acordo com Nátalia, ela visitou a unidade junto com uma prima dela, que também passou toda a infância estudando naquela escola.
“Durante a visita tive a resposta que procurava, era com isso que gostaria de trabalhar, em uma escola com crianças. No mesmo dia comentei com a diretora e disse que queria muito ficar ali com aquelas crianças”, disse.
Depois da conversa, Natália disse que a diretora auxiliou que ela cursasse pedagogia para começar substituindo outras professoras quando surgisse oportunidades.
“Comecei o curso logo depois e me apaixonei. Comecei como auxiliar em 2013. Depois me mudei para Campo Grande onde atuei como professora por dois anos e retornei para a escola. Essa é a minha primeira turma, é uma emoção indescritível”, afirmou.
Natália é colega de profissão de professores que deram aula para ela quando criança.