Um levantamento realizado pela Tendências Consultorias Integrada, divulgado nesta sexta-feira (14), aponta que Mato Grosso está entre os setes estados brasileiros que vão começar a nova gestão em crise financeira.
Para avaliar a situação fiscal de cada estado, os analistas deram notas de 0 a 10 com base em dados do Tesouro Nacional.
A base de avaliação foi seis indicadores das contas públicas: endividamento; poupança corrente, liquidez, resultado primário, despesa com pessoal e encargos sociais e investimentos.
Cada item recebeu um peso diferente e, em seguida, foi feita uma média para cada unidade da federação.
Mato Grosso teve nota entre 2 e 4, que considera a situação fiscal muito fraca. Bahia, São Paulo, Goiás, Santa Catarina, Sergipe e Pernambuco receberam a mesma nota.
Assim como Mato Grosso, esses estados enfrentam problemas com a folha de pagamento dos servidores e endividamento.
O governador eleito Mauro Mendes (DEM), afirmou que o orçamento para o exercício de 2019 já está comprometido, com dívidas em torno de R$ 1,8 bilhão.
Exemplo do Espírito Santo
Entre os estado com boa avaliação está o Espírito Santo, considerado um exemplo positivo. No entanto, na condução das contas públicos, o governo do Espírito Santo não escapou dessa regra. O estado reduziu os gastos com servidores, mas teve de segurar boa parte dos investimentos para conseguir equilibrar as contas.
“Em 2015, logo ao assumir, o novo governo assinou um decreto que determinava 20% na redução de custeio, suspensão dos concursos e diminuição de cargos comissionados”, diz o secretário de Fazenda do Espírito Santo, Bruno Funchal.
Com as mudanças, a administração do Espírito Santo inverteu uma tendência de crescimento das despesas de 10% ao ano para uma queda de 10% ao ano. “O investimento baixo é uma consequência da política de aumento de pessoal que vinha sendo tocada”, diz Funchal.