Cerca de 800 pais participaram das reuniões de encerramento das atividades do Programa Siminina desenvolvidas nas unidades durante o ano de 2018. A reunião geral realizada nesta segunda-feira (03.12) teve o objetivo de apresentar o cronograma das ações, além de ouvir sugestões e melhorias para o próximo ano. As atividades estão previstas para recomeçar no mês de fevereiro.
De acordo com a pedagoga Arlene Saldanha, o envolvimento dos pais com o programa oferecido para meninas é muito importante para que eles tenham conhecimento dos assuntos que são abordados. “Essa integração entre pais e coordenação é fundamental, para que, em algumas situações, eles sejam comunicados sobre o comportamento de suas filhas”, disse ela.
“As monitoras convivem diariamente com estas meninas e conseguem verificar qualquer tipo de mudança no comportamento, como depressão, dificuldade de aprendizado, entre outros. Casos como esses são encaminhadas para consultas com psicólogo, assistente social e uma carta é enviada para os pais. A nossa proposta é mudar esse cenário, por isso que chamamos a atenção dos pais para esse envolvimento e para que saibam tudo que acontece suas filhas. Pedimos a ajuda deles também”, observa.
Jannay Pinheiro Oliveira Martins é mãe de uma menina que participa do Siminina, moradora do bairro Dr. Fábio. Ela destaca a evolução que aconteceu na vida da sua filha. Segundo Jannay, o programa realizado pela Prefeitura de Cuiabá é uma oportunidade para que meninas carentes se qualifiquem e desenvolvam tanto o lado pessoal, quanto profissional. “Vim do Maranhão e na minha época não existia um programa como esse, talvez se existisse teria mudado a minha vida. Vejo a empolgação da minha filha em participar das atividades. O cuidado que ela tem com o uniforme, o aprendizado, o tratamento que ela recebe das monitoras, o local limpo e organizado. Este projeto é uma benção na minha vida, estou muito feliz em ver o crescimento da minha menina aqui’’, afirmou Jannay.
Segundo a coordenadora do Programa Siminina, Dalma Beatriz Monteiro a intenção destas reuniões é resgatar as famílias, fazendo com que os pais e responsáveis sejam os maiores interessados, já que o local é uma extensão de suas casas. Ela destaca que mesmo não sendo uma escola, o programa tem a permissão de fazer uma ficha de avaliação e entregar para os pais, pontuando o horário das meninas, a disciplina, o uniforme, a higiene etc. “As meninas tiveram a oportunidade de apresentar um pouco do que foi aprendido esse ano, com apresentação de danças, musicais e fanfarra. Ver a alegria estampada no rosto é muito gratificante ao saberem que sua filha sabe tocar uma flauta, dançar Siriri; muitas vezes eles nem acreditam em tamanha evolução”, finaliza Dalma.