Anualmente, a Polícia Militar chega a perder até 300 homens, em sua maioria por conta da aposentadoria. Um concurso com 1.200 vagas para a corporação apenas estanca o déficit, mas não resolve o problema da falta de efetivo. O comandante do Comando Regional II, responsável por Várzea Grande e adjacências, Marcos Roberto Sovinski, comenta que é preciso encontrar um mecanismo para que esta perda seja reposta de forma satisfatória e de acordo com a realidade econômica do país.
O governo de Pedro Taques (PSDB) iniciou com aproximadamente 6.500 homens. Com o chamamento de quase dois mil militares, o número subiu para 8.200. Porém, com a aposentadoria e também por outros fatores, atualmente são em média 7.500 pessoas, com a expectativa de chegar em 2020, já no mandato de Mauro Mendes (DEM), com um número menor que o de cinco anos atrás.
“Sabemos a condição que o Estado está de finanças para fazer um concurso público. Por conta disto, é preciso encontrar um mecanismo para que possamos aumentar o nosso efetivo, já pensando também na reposição. As cidades estão crescendo rapidamente e a segurança pública também precisa acompanhar”, comentou o coronel Sovinski, quando questionado sobre o assunto.
O comandante do 25º Batalhão, responsável pela região conhecida como ‘Grande Cristo Rei’, Ten Cel PM Manoel Bugalho Neto, lembra ainda que “diferente de outras áreas, o profissional de segurança não vem pronto. Quando você contrata um professor, alguém da saúde, eles já chegam prontos para trabalhar. No caso do policial, você tem que fazer o concurso, capacitar, é muito mais elaborado”.
Além disto, os gestores ainda precisam se preocupar com a folha de pagamento dos profissionais. Isso porque ela não diminuiu e com a contratação de mais homens, acaba inchando ainda mais. Esta complicação também barra o crescimento da corporação e de novos batalhões: “Quando se fala em criar estrutura nova, você aumenta o tamanho da máquina. Os custos sobem não só com salários, mas também aparelhamento”, finalizou o coronel Sovinski.