Uma mulher de 38 anos foi presa pela polícia sob suspeita de colaborar com o roubo de obras de arte ocorrido no início de dezembro, na Biblioteca Mário de Andrade, em São Paulo. O crime resultou no desaparecimento de gravuras assinadas por Matisse e Portinari.
A prisão ocorreu na sexta-feira (19). Segundo as investigações, a mulher seria companheira de Gabriel Pereira Rodrigues de Mello, apontado como um dos autores do roubo. Indícios indicam que ele esteve na residência dela após a ação. No local, a polícia encontrou o celular do suspeito.
A mulher nega qualquer participação no crime e afirma desconhecer o paradeiro das obras. Ela tem uma filha com Gabriel Mello. Outros dois envolvidos já estão presos: Felipe dos Santos Fernandes Quadra, identificado como um dos homens que invadiram a biblioteca, e Luis Carlos Nascimento, apontado como integrante da facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Até o momento, as 13 gravuras roubadas, pertencentes ao acervo do Museu de Arte Moderna (MAM), não foram localizadas. A prefeitura informou que a Interpol incluiu as peças no sistema ID-Art, utilizado internacionalmente para rastrear obras de arte furtadas.
Invasão
Os criminosos levaram oito gravuras de Matisse e cinco de Portinari, que integravam a exposição Do livro ao museu: mam são paulo e biblioteca mário de andrade, realizada em parceria com o MAM.
Durante a ação, uma vigilante e um casal de visitantes foram rendidos. O roubo aconteceu no último dia da exposição. As obras foram colocadas em sacolas e os suspeitos deixaram o local pela entrada principal.
De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, as peças possuem alto valor cultural, histórico e artístico, não podendo ser avaliadas apenas sob o aspecto financeiro.
























