O Ministério da Saúde confirmou a entrada da Rede D’Or no programa Agora Tem Especialistas, iniciativa federal voltada à ampliação do acesso da população a consultas, exames e cirurgias especializadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A adesão inclui os hospitais Glória D’Or, no Rio de Janeiro, e Niterói D’Or, que passam a reforçar a rede pública de atendimento.
As duas unidades devem realizar cerca de 100 cirurgias cardiológicas por ano para pacientes do SUS, com investimento estimado em R$ 3,6 milhões. Com a inclusão da Rede D’Or, o programa passa a contar com 28 hospitais privados e filantrópicos em todo o país.
Para 2025, o governo federal prevê mais de R$ 150 milhões em investimentos adicionais para atendimentos especializados no SUS. A expectativa do Ministério da Saúde é ampliar esse montante para R$ 200 milhões anuais a partir de 2026.
Como contrapartida, os hospitais participantes recebem créditos financeiros que podem ser usados para quitar tributos federais. No caso da Rede D’Or, cerca de R$ 300 mil por mês serão destinados à realização de cirurgias de revascularização do miocárdio, procedimento essencial para prevenir infartos e reduzir a mortalidade.
“Isso garante maior velocidade no atendimento para uma cirurgia tão complexa. Com esse contrato, asseguramos equipes especializadas, equipamentos e todos os insumos necessários para que a população não precise aguardar meses pelo procedimento”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
As primeiras cirurgias no âmbito do programa estão previstas para janeiro de 2026. O encaminhamento dos pacientes será feito pelas secretarias municipais de saúde do Rio de Janeiro e de Niterói, seguindo critérios definidos pelas centrais locais de regulação.
A ampliação da participação do setor privado busca reduzir filas em sete áreas consideradas prioritárias: oncologia, cardiologia, ortopedia, ginecologia, otorrinolaringologia, oftalmologia e nefrologia.
Além do aumento dos atendimentos, o Ministério da Saúde firmou uma carta de intenção com o Instituto D’Or de Ensino e Pesquisa para cooperação em áreas como neurociências, oncologia, terapias avançadas e pesquisa clínica.
No Rio de Janeiro, também foi assinado um acordo com a Sociedade Brasileira de Anestesiologia para mapear a demanda por profissionais e ampliar a formação de anestesiologistas no país.
“Um dos grandes desafios para ampliar o número de cirurgias eletivas é a disponibilidade de anestesiologistas qualificados e bem distribuídos. Esse acordo enfrenta diretamente esse problema, com a qualificação de 300 profissionais e o mapeamento dos serviços em todo o Brasil”, destacou o ministro.
























