Os preços do milho seguem em trajetória de baixa em diversas regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). De acordo com os pesquisadores, a pressão descendente é típica deste período de final de ano, impulsionada pela redução na demanda pelo cereal. Muitos consumidores industriais já encerraram suas compras e devem retornar ao mercado spot apenas em janeiro, contribuindo para a fragilidade das cotações.
Enquanto o mercado de preços enfrenta sazonalidade negativa, o campo recebe notícias mais animadoras. Após um período de estiagem, o retorno das chuvas trouxe alívio aos agricultores, favorecendo o desenvolvimento das lavouras da safra verão do milho.
As precipitações recentes não só auxiliam a safra em andamento, como também elevam as expectativas para a semeadura da segunda safra (safrinha). A melhora nas condições climáticas aumenta a probabilidade de que o plantio ocorra dentro da janela ideal para a cultura, fator crucial para o potencial produtivo e a rentabilidade do ciclo que se inicia.
O cenário, portanto, apresenta dois movimentos distintos: um mercado pressionado pela demanda fraca de fim de ano e um campo com perspectivas climáticas mais favoráveis para a produção, que podem sustentar a oferta e influenciar os preços a médio prazo.



















