A ceia de Natal em Mato Grosso está mais custosa em 2025, impulsionada principalmente pela forte alta no preço do peru.
Segundo dados do IPC-Fipe, a ave tradicional registrou um salto de 13,6% no último ano, um índice que supera a inflação geral e faz com que a cesta de produtos natalinos fique, em média, 5% mais cara.
Em um giro pelos supermercados da Região Metropolitana de Cuiabá, é possível encontrar o quilo do peru custando entre R$ 32 e R$ 39.
Essa variação tem obrigado o consumidor a bater perna: quem tem família grande, como a comerciante Vania Oliveira ouvida pela reportagem, agora prioriza o custo-benefício e a pesquisa de preços entre diferentes redes para tentar equilibrar as contas de fim de ano.
O que explica o aumento em Mato Grosso?
O encarecimento da ave não é apenas uma questão de demanda sazonal. Especialistas apontam fatores estruturais na cadeia produtiva:
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Custos no campo: A ração (baseada em milho e soja) representa até 70% do custo de criação e sofreu com a instabilidade de preços.
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Logística: O transporte das aves até o varejo continua com custos elevados.
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Exportações: A forte demanda do mercado externo acaba reduzindo a oferta interna, elevando o preço final para o brasileiro.
Carnes vermelhas e peixes também sobem
O peru não é o único vilão do orçamento. Outras proteínas muito procuradas para as festas também acompanharam a tendência de alta. O filé mignon subiu quase 10%, seguido pelo atum (8%) e pelo bacalhau (6,7%). Até cortes populares como a picanha (5,7%) e o lombo suíno (4,3%) estão pesando mais no bolso este ano.
A recomendação para quem quer economizar é ficar de olho nas aves e cortes suínos que tiveram reajustes menores, como o pernil, e não deixar as compras para a última hora, quando a alta demanda costuma inflacionar ainda mais os produtos perecíveis.






















