A morte de uma paciente de 45 anos dentro da UPA Pascoal Ramos, em Cuiabá, na noite de sexta-feira (19), levou a unidade de saúde a descartar qualquer indício de agressão física ou violência durante o atendimento. Segundo a direção da unidade, a mulher sofreu uma parada cardiorrespiratória enquanto recebia assistência médica e não resistiu às tentativas de reanimação.
A paciente, identificada como Arinalva Maria da Silva Soares, deu entrada na unidade por volta das 18h com queixas de dor lombar, tontura, tosse e episódios de vômito que, conforme relatado, já duravam cerca de um dia. Ela foi acolhida e avaliada pela equipe médica logo após a chegada, de acordo com informações repassadas pela Secretaria Municipal de Saúde.
Durante o atendimento, houve um momento de tensão envolvendo o acompanhante da paciente. A situação, conforme a unidade, foi motivada por dificuldades de comunicação no repasse das orientações médicas, já que Arinalva tinha deficiência auditiva e de fala. Apesar do episódio, a avaliação clínica realizada no local não identificou agressões por parte do acompanhante nem qualquer sinal de violência física contra a paciente.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, em nenhum momento, foram constatadas lesões corporais ou marcas compatíveis com agressão. A equipe médica manteve o acompanhamento da paciente dentro dos protocolos adotados pela unidade, monitorando o quadro clínico enquanto buscava esclarecer as queixas apresentadas.
No decorrer do atendimento, Arinalva apresentou piora súbita e evoluiu para uma parada cardiorrespiratória. Diante da gravidade, ela foi levada imediatamente ao box de emergência, onde os profissionais iniciaram manobras de reanimação. Os procedimentos se estenderam por aproximadamente 30 minutos, mas a paciente não respondeu às tentativas, e o óbito foi constatado ainda na unidade.
Após a confirmação da morte, o corpo foi encaminhado à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), órgão responsável por realizar os exames periciais e apontar oficialmente a causa do óbito, conforme prevê a legislação. A apuração técnica é considerada etapa obrigatória nesses casos.
A coordenação da UPA Pascoal Ramos informou que acompanhou toda a ocorrência e permanece à disposição para prestar esclarecimentos e colaborar com eventuais apurações conduzidas pelos órgãos competentes. O caso foi comunicado seguindo os protocolos administrativos da rede municipal de saúde.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todas as informações foram repassadas às autoridades responsáveis, e a unidade reforça que não há, até o momento, qualquer elemento que indique agressão ou conduta violenta durante o atendimento. A definição oficial da causa da morte ficará a cargo da perícia técnica, que deverá concluir o laudo nos próximos dias.






















