O Ministério da Saúde firmou um acordo para expandir as ações do programa Agora Tem Especialistas no Rio Grande do Sul. A iniciativa envolve o Grupo Hospitalar Conceição (GHC), empresa pública vinculada à pasta, que ficará responsável pela contratação de equipes médicas temporárias para a realização de mutirões hospitalares.
As ações ocorrerão no Hospital Universitário de Canoas e na Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul, unidades escolhidas pelo potencial de ampliar a oferta de cirurgias. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, neste sábado (20), em Porto Alegre.
Segundo o acordo, caberá ao GHC contratar empresas que fornecerão profissionais, equipamentos, insumos e medicamentos. Os mutirões devem contemplar diversas especialidades, como cirurgia geral, vascular, dermatológica, urológica, oftalmológica e ginecológica, de acordo com a demanda regional e a disponibilidade das equipes.
Os dois hospitais atendem regiões consideradas prioritárias. A região metropolitana de Porto Alegre, onde está localizado o hospital de Canoas, concentra as maiores filas cirúrgicas do estado. Já o sul gaúcho, onde fica a unidade de São Lourenço do Sul, registra os maiores tempos de espera para procedimentos. A previsão é de cerca de 1.600 cirurgias mensais em Canoas e aproximadamente 180 em São Lourenço do Sul.
Novo centro de diagnóstico
Durante o anúncio, o ministro também confirmou o início das obras do novo Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (CADT), que integrará a estrutura do GHC em Porto Alegre. A expectativa é que a unidade realize mais de 700 mil exames e procedimentos por ano após entrar em operação.
Com área superior a 19 mil metros quadrados, o CADT ampliará a oferta de exames de imagem e laboratoriais, além de serviços como hemodinâmica, endoscopia, hemodiálise, hemoterapia, medicina nuclear e radiointervenção. O centro deverá atender pacientes de todas as regiões do Rio Grande do Sul.
A obra contará com investimento de R$ 200 milhões do Novo PAC e prevê a construção de um prédio de nove andares, concentrando exames como ressonância magnética, tomografia e ultrassonografia. A expectativa do ministério é que a nova estrutura contribua para reduzir filas e ampliar o acesso a diagnósticos e tratamentos no sistema público de saúde.






















