A coleta de lixo foi interrompida em Várzea Grande na manhã deste sábado, dia 20, após trabalhadores decidirem paralisar as atividades em protesto pelo não pagamento do 13º salário. O serviço foi suspenso como forma de pressão, e a categoria informou que só retomará os trabalhos quando o valor estiver creditado em conta.
A decisão atingiu diretamente a rotina da cidade e expôs o impasse entre funcionários, empresa responsável pelo serviço e o poder público municipal. Segundo os trabalhadores, a paralisação foi a única alternativa encontrada diante da ausência de uma solução concreta para a regularização do pagamento.
Um dos primeiros a se manifestar foi Jeferson, que relatou que a empresa comunicou, ainda na manhã deste sábado, que não conseguiria efetuar o pagamento do décimo terceiro. Conforme explicado por ele, o problema estaria relacionado a um repasse feito pela prefeitura de forma tardia e incompleta, o que inviabilizou o pagamento dos valores referentes aos dias 18 e 19, além do 13º salário.
De acordo com o trabalhador, a frustração aumentou ao se comparar a situação com a de funcionários da mesma empresa que atuam em Cuiabá, onde o pagamento do décimo terceiro já teria sido realizado. Para a categoria em Várzea Grande, essa diferença gerou sensação de desigualdade e desrespeito, já que os coletores seguem cumprindo jornadas diárias em condições consideradas difíceis.
Outro trabalhador, Raul, reforçou que o atraso no pagamento ocorre em um cenário de insegurança constante. Ele relatou que circulam rumores frequentes sobre um possível rompimento de contrato, o que faz com que os funcionários trabalhem sem garantias claras de continuidade no emprego. Segundo ele, essa incerteza tem pesado no dia a dia da equipe e agravado o clima interno.
Raul afirmou que a falta de informações oficiais sobre o futuro do contrato, somada ao não pagamento do décimo terceiro, levou os trabalhadores a se organizarem coletivamente pela paralisação. A decisão, segundo ele, não foi tomada de forma isolada, mas após conversas entre os colegas, que avaliaram não haver outra saída diante da situação.
Os trabalhadores deixaram claro que a suspensão do serviço não tem prazo indefinido. A previsão informada é de retorno às atividades apenas na segunda-feira, condicionada à efetiva regularização do pagamento do 13º salário. Até lá, a coleta permanece interrompida como forma de pressionar por uma resposta concreta.
A paralisação, conforme os próprios funcionários destacaram, é uma medida considerada necessária frente ao que classificam como descumprimento de direitos básicos. Eles afirmam que aguardam uma definição por parte da empresa e do município de Mato Grosso, reforçando que o retorno ao trabalho depende exclusivamente da quitação dos valores devidos.
Até o momento, a categoria segue mobilizada e aguarda que o pagamento seja efetuado para normalizar o serviço. A expectativa é de que, com a regularização do décimo terceiro, as atividades sejam retomadas sem novos atrasos.






















