Investigador da PC enfrenta júri por morte de PM em Cuiabá

Sessão ocorre nesta segunda-feira no Fórum de Cuiabá e julga a morte do policial militar Thiago Ruiz, ocorrida em 2023 dentro de um posto de combustível.

Fonte: da Redação

Investigador da PC enfrenta júri por morte de PM em Cuiabá

O investigador da Polícia Civil Mário Wilson Vieira da Silva Gonçalves vai a júri popular na tarde desta segunda-feira, 15, acusado pela morte do policial militar Thiago de Souza Ruiz, em Cuiabá. O julgamento está marcado para começar às 13h30, no Fórum da capital, e será conduzido pela juíza Monica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal.

A sessão ocorre quase dois anos após o crime, registrado em 27 de abril de 2023, dentro da loja de conveniência de um posto de combustível localizado em frente à Praça 8 de Abril, na capital de Mato Grosso. O investigador responde por homicídio qualificado e acompanha o julgamento em liberdade.

Inicialmente, o júri estava previsto para ocorrer no fim de novembro do ano passado, mas acabou adiado por causa das férias da defesa. A nova data foi definida às vésperas do recesso forense, o que manteve o caso em evidência no calendário do Tribunal do Júri.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público, na madrugada do crime, o policial civil Walfredo Raimundo Adorno Moura Júnior e o policial militar Thiago Ruiz chegaram juntos ao estabelecimento. Pouco depois, Mário Wilson também foi ao local e acabou sendo apresentado ao PM.

Imagens de câmeras de segurança anexadas ao processo mostram os dois conversando por alguns instantes. Em determinado momento, Thiago Ruiz teria exibido a arma que carregava na cintura. Conforme a acusação, o investigador tomou o revólver da vítima, dando início a uma discussão que rapidamente evoluiu para agressões físicas.

Dinâmica do crime e acusação

As investigações apontam que os dois entraram em luta corporal e caíram no chão durante o confronto. Ainda de acordo com a apuração, foi nesse momento que Mário Wilson efetuou disparos de arma de fogo contra o policial militar, que morreu ainda no local.

Em depoimento posterior, o investigador alegou ter desconfiado que Thiago Ruiz não fosse policial militar. Ele afirmou que atirou por medo de ser morto durante a briga, versão que embasou pedidos de absolvição por legítima defesa.

Esses pedidos foram analisados e rejeitados tanto pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso quanto pelo Superior Tribunal de Justiça. Com isso, o processo seguiu para julgamento pelo Tribunal do Júri, onde os jurados irão decidir sobre a responsabilidade criminal do acusado.

Mário Wilson responde por homicídio qualificado, com agravantes de motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele está em liberdade desde setembro de 2023, após decisão judicial que revogou a prisão preventiva.

Julgamento restrito e próximos passos

O réu se apresentou à polícia menos de 24 horas após o crime. A sessão desta segunda-feira será restrita às partes envolvidas no processo e não contará com acompanhamento da imprensa, conforme definido pela Justiça.

Ao final do julgamento, caberá ao Conselho de Sentença decidir pela condenação ou absolvição do investigador. O caso segue sob análise do Tribunal do Júri, de acordo com informações do Tribunal de Justiça.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]