Mato Grosso retirou 309 mil pessoas da pobreza desde 2019, conforme estudo do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) elaborado a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados indicam redução consistente dos índices sociais no Estado ao longo do período, com impacto direto na renda e nas condições de vida da população.
Queda consistente nos indicadores sociais
Segundo a análise, em 2019 o Estado registrava cerca de 792 mil pessoas abaixo da linha da pobreza, o equivalente a 23,1% da população. Em 2024, esse contingente caiu para aproximadamente 484 mil pessoas, o que representa 13,3% dos habitantes. Com isso, Mato Grosso passou a figurar entre as unidades da federação com menor proporção de pessoas em situação de pobreza no país.
Na extrema pobreza, a redução também foi expressiva. O número de pessoas nessa condição caiu de cerca de 97 mil em 2019 (2,8% da população) para aproximadamente 59 mil em 2024 (1,6%). O índice estadual ficou abaixo da média nacional, estimada em 3,5% no mesmo ano, conforme a PNAD Contínua.
Responsabilidade fiscal e políticas públicas
Conforme apurado pela reportagem, o estudo associa a melhora dos indicadores sociais à política de ajuste fiscal adotada a partir de 2019. Em declaração institucional, o governador Mauro Mendes afirmou que o equilíbrio das contas públicas permitiu ampliar investimentos em áreas essenciais. “Desde o início da nossa gestão, colocamos as contas do Estado no azul e passamos a investir de forma firme em saúde, educação, infraestrutura e assistência social”, disse, em nota oficial do Governo do Estado.
O secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, reforçou que o controle de gastos e o fortalecimento da arrecadação própria foram determinantes para que Mato Grosso retirasse 309 mil pessoas da pobreza. Segundo ele, a gestão fiscal abriu espaço para ampliar investimentos públicos e gerar efeitos econômicos nos municípios do interior.
Como os dados são medidos
A linha de pobreza utilizada no levantamento segue critérios do IBGE, baseados na renda domiciliar per capita apurada pela PNAD Contínua, pesquisa oficial que subsidia políticas públicas e avaliações socioeconômicas em todo o país. O documento técnico do IJSN, disponível em repositório institucional, consolida as séries históricas e compara os resultados estaduais com a média nacional.
Por que isso importa
A redução da pobreza e da extrema pobreza indica melhora estrutural das condições de vida, com efeitos sobre saúde, educação e mercado de trabalho. Especialistas em finanças públicas apontam que disciplina fiscal associada a políticas sociais tende a produzir resultados mais duradouros, especialmente em estados com grande extensão territorial e desigualdades regionais.
Em números
- Pessoas fora da pobreza desde 2019: cerca de 309 mil
- Taxa de pobreza em 2019: 23,1%
- Taxa de pobreza em 2024: 13,3%
- Extrema pobreza em 2024: 1,6%
- Média nacional de pobreza em 2024: 23,4%
Reportagem baseada em dados do IBGE (PNAD Contínua) e estudo do Instituto Jones dos Santos Neves, com informações oficiais do Governo de Mato Grosso.
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