Apesar das chuvas terem limitado o avanço da colheita de mandioca no início da semana passada, a disponibilidade de matéria-prima seguiu elevada no mercado, conforme apontam levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP. Mesmo com as dificuldades operacionais no campo, produtores mantiveram o interesse na comercialização, movimento associado tanto à necessidade de capitalização quanto às expectativas de preços ainda mais baixos no início de 2026.
Segundo pesquisadores do Cepea, esse comportamento reforçou a oferta ao longo do período, contribuindo para a pressão negativa sobre as cotações. Em contrapartida, a demanda continuou enfraquecida, com um número crescente de indústrias reduzindo o ritmo de esmagamento ou já adotando férias coletivas, o que limitou o volume de compras no mercado.
O desequilíbrio entre oferta elevada e consumo retraído resultou em nova queda nos preços da raiz. De acordo com os dados do Cepea, as cotações recuaram pela sexta semana consecutiva. Entre os dias 8 e 12 de dezembro, a média nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 515,16, o equivalente a R$ 0,8959 por grama de amido.
O valor representa uma retração de 2,94% em relação ao período anterior e uma queda acumulada de 8,4% nas últimas quatro semanas, evidenciando um cenário de pressão contínua sobre os preços. O mercado segue atento à evolução das condições climáticas, ao comportamento da indústria e às decisões dos produtores, fatores que devem continuar influenciando a formação de preços nas próximas semanas.

















