Você sabia que a participação masculina é essencial no combate à violência contra mulheres? Nesta quarta-feira (10), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou em segunda votação o Projeto de Lei nº 1782/2025, que oficializa a Campanha do Laço Branco na legislação estadual.
A lei altera a Lei nº 10.887/2019 e permite que homens, assim como instituições públicas e privadas, utilizem o laço branco em vestimentas, materiais de divulgação e ações educativas ao longo do ano, reforçando o protagonismo masculino na prevenção da violência de gênero.
Evento e mobilização
No mesmo dia, a ALMT promoveu o evento “Laço Branco: Homens de respeito, respeitam”, reunindo forças de segurança, servidores públicos e representantes da sociedade civil. A iniciativa dialoga com o Dia Estadual de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, comemorado no último sábado (6), e encerra a campanha internacional dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Meninas e Mulheres.
Deputados estaduais e servidores participaram de vídeos institucionais, destacando a importância da união entre poderes e políticas públicas contínuas. O presidente da ALMT, deputado Max Russi (PSB) e autor do projeto, reforçou que o enfrentamento à violência exige prioridade, ações concretas e o compromisso diário dos homens em proteger, valorizar e respeitar as mulheres.
Violência de gênero em Mato Grosso
O estado enfrenta índices preocupantes: até 26 de novembro de 2025, foram registrados 51 feminicídios, superando o ano anterior. Mais de 70% desses crimes ocorreram dentro de residências, deixando 46 crianças e adolescentes órfãos, segundo o Observatório Caliandra do Ministério Público.
Origem e impacto da Campanha do Laço Branco
Iniciada em 1991 no Canadá após o massacre de Montreal, a Campanha do Laço Branco é reconhecida pela ONU e está presente em mais de 55 países. No Brasil, a Lei nº 11.489/2007 instituiu o 6 de dezembro como o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres, convocando homens a não praticar, não permitir e não silenciar diante da violência de gênero.
Para Max Russi, o simbolismo do laço branco deve se traduzir em atitudes diárias. Ele reforça que prevenir a violência é uma responsabilidade coletiva e que relações mais seguras dependem de homens dispostos a transformar comportamentos, fortalecer a dignidade e proteger as mulheres de Mato Grosso. Comente sua opinião sobre a iniciativa!




















