A vice-presidente da Câmara de Lucas do Rio Verde, Nadir Santana, levou à tribuna durante a sessão ordinária de segunda-feira (08) uma reflexão firme sobre a necessidade de ampliar as discussões e ações voltadas à inclusão de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras formas de neurodivergência. O posicionamento surgiu, segundo a vereadora, após participar de formaturas infantis e perceber, de perto, as dificuldades enfrentadas por crianças e famílias em eventos escolares.
Em sua fala, a parlamentar destacou que, embora exista legislação que ampare a inclusão, a prática ainda está distante do ideal. “O que nós vemos é que a nossa sociedade não está preparada pra trabalhar com a diversidade. Nós temos legislação que ampara a inclusão, mas quando você vai fazer isso de fato, na prática, nós percebemos o quanto ainda precisamos evoluir”, afirmou.
Nadir classificou sua manifestação como um gesto de indignação e conscientização. Ela apontou que as políticas públicas ainda não conseguem alcançar o que seria necessário para garantir dignidade às crianças e aos familiares. “O que eu trouxe à tribuna foi uma reflexão, uma indignação de ver que as políticas públicas não estão alcançando o que de fato deveriam alcançar para garantir o respeito às crianças e às suas famílias”, disse.
A vereadora também ressaltou o trabalho que vem desenvolvendo dentro da Câmara para fortalecer as políticas públicas no município. Segundo ela, o objetivo é fazer com que Lucas do Rio Verde seja um município verdadeiramente humano. “Eu tenho trabalhado para que o nosso município seja humano, que não apenas abra portas, mas que essas portas, ao serem abertas, tenham condições reais de permitir que as crianças possam ser, estar e se desenvolver”, pontuou.
Com formação na área da educação, Nadir Santana afirmou que o tema a afeta profundamente. “Como educadora isso muito me afeta, toca o meu coração e me sensibiliza com as famílias e principalmente com a escola, porque a escola faz o seu melhor dentro das condições que ela tem”, relatou. Ela também foi direta ao apontar que as unidades de ensino ainda não foram devidamente preparadas para lidar com a diversidade. “A escola não foi preparada e ainda não está sendo preparada para lidar com tamanha diversidade”, completou.
Para a parlamentar, cabe ao poder público e aos representantes eleitos viabilizar meios concretos para que a inclusão deixe de ser apenas um discurso. “Nós precisamos, enquanto poder público e enquanto parlamentares, viabilizar meios para que isso aconteça da melhor maneira possível”, concluiu.

















