A chegada de chuvas mais abrangentes no último fim de semana trouxe um importante alívio aos produtores de soja de Lucas do Rio Verde, após um início de safra marcado por baixos volumes de precipitação entre setembro e novembro. A avaliação é do diretor-executivo da Fundação Rio Verde, o engenheiro agrônomo Rodrigo Pasqualli, que detalhou o cenário climático e agronômico da safra 2025/26.
Segundo Pasqualli, o ciclo começou sob condição de baixa umidade no solo, com registros limitados de chuva em diversas regiões do município e propriedades que chegaram a considerar ou realizar replantio. “Isso preocupou bastante o agricultor, porque enfrentávamos uma fase inicial muito seca”, explicou.
Com as chuvas recentes, o quadro mudou. “Essas precipitações foram de forma regional e abrangente, trazendo tranquilidade ao agricultor justamente no momento mais crítico da cultura, que é o enchimento de grãos, fase de maior demanda por água”, destacou.
Apesar do alívio, o engenheiro faz um alerta importante: o clima atual favorece a evolução de doenças, exigindo vigilância intensa no manejo fitossanitário. “Agora acende-se uma luz amarela. Temos condição perfeita para o desenvolvimento de doenças, e algumas pragas começam a aparecer. Se não forem controladas de forma preventiva, podem gerar prejuízos significativos.”
A recomendação é clara: manter atenção redobrada ao calendário de aplicações de fungicidas e controle de pragas, garantindo proteção adequada durante a fase mais sensível da cultura.
Pasqualli reforça que, mesmo com alguns pontos ainda apresentando limitações hídricas devido ao atraso das chuvas, o cenário aponta para uma possível recuperação da soja. “Isso traz um certo alívio aos produtores, mas o cuidado precisa ser contínuo.”
A Fundação Rio Verde permanece à disposição dos agricultores para suporte técnico, esclarecimento de dúvidas e orientações de manejo.
“Estamos sempre prontos para atender o produtor em qualquer questionamento. É uma cultura de alto valor comercial e que depende diretamente do clima. Por isso, o monitoramento constante é fundamental”, concluiu.
















