Dois adolescentes de 15 anos foram mortos a tiros em um intervalo de 48 horas em Sinop, em crimes ocorridos em regiões diferentes do município. As mortes de Pablo Ricardo Ferreira Fernandes e Iraque Daniel mobilizaram equipes policiais e deixaram a cidade em alerta diante da rápida sucessão dos casos.
O primeiro assassinato ocorreu em 4 de dezembro, no Residencial Jequitibás. Já o segundo, registrado no sábado (6), aconteceu no Jardim das Oliveiras. Conforme informações da Polícia Militar, nenhum suspeito havia sido identificado ou detido até o momento da apuração.
Pablo Ricardo foi encontrado já sem vida quando equipes da PM e do Corpo de Bombeiros chegaram ao endereço. A corporação informou que o adolescente foi atingido por ao menos quatro disparos, sem que houvesse qualquer indício de reação ou luta corporal no local.
No caso de Iraque Daniel, a dinâmica foi semelhante. Ele foi localizado caído na calçada de uma rua do Jardim das Oliveiras, depois que dois homens em uma motocicleta teriam se aproximado e efetuado vários tiros. Testemunhas relataram que os criminosos fugiram logo após os disparos.
O perito criminal Flávio Henrique, responsável pelos levantamentos no segundo local de crime, explicou que a equipe trabalha para identificar suspeitos e entender as circunstâncias das execuções. Segundo ele, não foram encontrados sinais de luta ou outros tipos de violência além dos tiros.
Perícia analisa cenários distintos
A perícia técnica busca elementos que possam conectar as duas mortes, embora, até agora, nada indique relação direta entre os casos. A repetição do modo de execução, no entanto, reforça a necessidade de aprofundamento investigativo. Em ambos os cenários, a ausência de vestígios complementares pode dificultar a identificação dos autores, aumentando o peso de eventuais imagens de câmeras ou relatos de moradores.
Conforme o perito, a análise preliminar não apontou sinais que indiquem tentativa de defesa por parte das vítimas. Isso sugere que os adolescentes foram surpreendidos pelos atiradores, o que reforça a hipótese de execuções rápidas e direcionadas.
Próximos passos das investigações
As informações coletadas pelas equipes da PM e da perícia devem ser enviadas para a Polícia Civil, que ficará responsável por conduzir as investigações. As autoridades devem buscar novas testemunhas e mapear possíveis rotas de fuga utilizadas pelos atiradores, além de analisar se há vínculos entre os dois crimes ou se tratam-se de situações isoladas.
Os homicídios reacendem discussões sobre a vulnerabilidade de jovens em regiões com histórico de violência em Mato Grosso. Embora ainda não haja suspeitos, a Polícia Civil terá como desafio reconstruir a dinâmica completa dos ataques e identificar os responsáveis.
As informações são da Polícia Militar e do perito criminal que esteve no local.






















