A morte da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, passou a ser tratada como feminicídio pela Polícia Civil do Distrito Federal. A militar foi encontrada carbonizada na tarde de sexta-feira, após um incêndio no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, no Setor Militar Urbano.
O soldado Kelvin Barros da Silva, 21 anos, confessou ter cometido o crime e permanece detido no Batalhão da Polícia do Exército. De acordo com a investigação, ele relatou que o homicídio ocorreu após uma discussão. A família da vítima nega qualquer relacionamento entre os dois.
O delegado responsável informou que o militar não possuía antecedentes criminais e que deverá responder por feminicídio, furto de arma, incêndio e fraude processual, podendo enfrentar pena que ultrapassa cinco décadas.
Os bombeiros localizaram o corpo durante a fase de resfriamento do prédio atingido pelas chamas. A corporação confirmou a presença de grande quantidade de combustível no local, o que teria intensificado o incêndio.
Pesar
Maria de Lourdes era saxofonista da banda do regimento. A unidade militar divulgou nota lamentando profundamente o crime e prestando solidariedade aos familiares.
Exclusão do Exército
O Exército informou que o soldado foi preso em flagrante logo após confessar o assassinato. Um Inquérito Policial Militar foi instaurado, e o acusado deve ser excluído da instituição. A Força também afirmou estar prestando apoio à família da cabo.
Onda de casos
O episódio ocorre em meio a uma série de crimes violentos contra mulheres registrados no país nos últimos dias. Em diferentes estados, mulheres foram mortas ou sofreram tentativas de assassinato em circunstâncias marcadas por extrema violência.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou recentemente o aumento desses crimes, destacando a necessidade de engajamento masculino no enfrentamento à violência de gênero.






















