A descoberta de cerca de meio quilo de skunk dentro da lixeira de um ônibus interestadual interrompeu uma fiscalização de rotina no posto da PRF em Rondonópolis (MT) no fim da tarde desta quinta-feira (4). Assim que o pacote foi localizado, o coletivo foi retido e os passageiros passaram a ser avaliados individualmente, mas ninguém assumiu a propriedade do entorpecente.
O flagrante ocorreu no km 211 da BR-364, quando agentes da Polícia Rodoviária Federal pararam o veículo para uma vistoria padrão. A equipe identificou a embalagem durante a checagem interna, e o volume chamou atenção pelo odor característico da droga, conhecida como supermaconha devido à alta concentração de THC.
De acordo com informações repassadas pela PRF, o ônibus seguia rota interestadual e estava com o fluxo normal de passageiros. A embalagem foi encontrada dentro da lixeira que fica na parte dianteira do veículo, um ponto pouco visível para quem não circula pelo interior do ônibus. Segundo os agentes, o material continha aproximadamente 500 gramas de skunk, quantidade que, pelo valor de mercado, costuma ser alvo de transporte discreto para evitar rastreamento.
O motorista conversou com os policiais e explicou que não percebeu qualquer movimentação suspeita durante o percurso. Ele prestou esclarecimentos na condição de testemunha, uma vez que o coletivo não possui sistema de câmeras internas que pudesse ajudar na identificação do responsável. Sem registros de vídeo ou indícios diretos, os policiais concentraram a ação na coleta de informações e na preservação do material apreendido.
Apesar da impossibilidade de apontar o autor do abandono da droga, os agentes reforçaram o procedimento padrão: isolamento do objeto, catalogação e encaminhamento imediato para a unidade policial competente. A ocorrência seguiu para a 1ª Delegacia de Polícia de Rondonópolis, onde o caso foi oficialmente registrado.
Encaminhamento e próximos passos
A Delegacia deve analisar o material e anexar o relatório inicial elaborado pela PRF, além de determinar se novas diligências serão possíveis, mesmo diante da ausência de imagens ou testemunhas que identifiquem quem descartou a droga. Em situações como essa, a investigação costuma avançar a partir de entrevistas com passageiros ou pela tentativa de rastrear padrões de transporte em linhas de longa distância.
Como o transporte de entorpecentes caracteriza crime previsto no Código Penal, o caso permanece sob responsabilidade da Polícia Civil, que agora avalia se há elementos adicionais para ampliar o procedimento. A apreensão foi confirmada conforme dados fornecidos pela própria PRF.




















