Operação Castelo de Cartas cumpre mandado em Rondonópolis

Ação integrada mirou suspeitos de fraudes financeiras e apreendeu itens de alto valor em condomínio da cidade.

Fonte: da Redação

Operação Castelo de Cartas cumpre mandado em Rondonópolis
Operação Castelo de Cartas cumpre mandado em Rondonópolis - Foto: PJC

Operação Castelo de Cartas teve um mandado de busca e apreensão cumprido na manhã desta quinta-feira (4) em Rondonópolis, conforme divulgado pela Polícia Civil de Mato Grosso. A medida integra a ofensiva deflagrada pela Polícia Civil do Mato Grosso do Sul para desarticular um grupo especializado em fraudes financeiras com prejuízo superior a R$ 1,5 milhão, segundo relatório técnico do Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (Lab-LD/Dracco).

Contexto e histórico da investigação

Conforme apurado pela reportagem, o cumprimento ocorreu em um condomínio fechado no bairro Vila Planalto. A equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) localizou o alvo e a esposa — ambos já investigados anteriormente em operação da Polícia Federal. O caso integra a 3ª Operação Renorcrim, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

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Segundo dados oficiais, a investigação identificou que o grupo atuava de forma estruturada, usando falsas “cartas de crédito contempladas” e negociações ilícitas de veículos. O núcleo principal operava no Mato Grosso do Sul, mantendo conexão com suspeitos de Rondônia, parte deles já atingidos pela Operação Carga Prensada, deflagrada pela PF em 2021.

Itens apreendidos e movimentações financeiras

Durante a busca em Rondonópolis, foram recolhidos notebook, três iPads, monitor Asus, três celulares, 17 cartões bancários, dois cheques de R$ 4.500 cada, R$ 1.850 em espécie, joias, um relógio da marca Rolex, além de um veículo Onix. Também foram apreendidos cadernos com anotações financeiras, reforçando a hipótese de ocultação de valores.

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A apuração revelou ainda intensa movimentação bancária em contas de familiares e empregados, utilizada para dissimular a origem dos recursos. Para garantir o ressarcimento das vítimas, a Polícia Civil pediu o bloqueio de R$ 7,5 milhões — valor cinco vezes maior que o prejuízo inicialmente identificado. O Ministério Público posicionou-se favoravelmente, e o Judiciário determinou o bloqueio de R$ 7.524.805,40.

Atuação interestadual e próxima fase da ação

Além de Operação Castelo de Cartas e suas ações em Rondonópolis, equipes especializadas da Polícia Civil atuaram simultaneamente no Distrito Federal, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. A Deic, Draco e unidades de investigação locais prestaram apoio operacional nos estados, segundo nota oficial.

O nome da operação faz alusão às vítimas que acreditavam adquirir imóveis por meio das supostas cartas de crédito, mas foram enganadas por uma estrutura considerada pela polícia tão instável quanto um “castelo de cartas”. As ações seguem em andamento sob coordenação do Dracco/MS, com foco em novos bloqueios e recuperação de ativos.

Reportagem baseada em documentos oficiais e informações divulgadas pela Polícia Civil.

Box Informativo

  • Prejuízo estimado: R$ 1,5 milhão
  • Bloqueio judicial: R$ 7.524.805,40
  • Estados envolvidos: MT, MS, RO, SC, SP, DF
  • Operação relacionada: Carga Prensada (PF, 2021)

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]