O Brasil intensifica ações contra golpes virtuais com o lançamento do Plano de Ação Conjunto para o Combate a Fraudes Bancárias Digitais, iniciativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública em parceria com a Febraban. O país figura como o segundo no mundo em tentativas de crimes desse tipo, cenário que exige respostas rápidas e coordenadas.
A medida reúne esforços do governo, setor financeiro e sociedade civil para enfrentar práticas como falso sequestro, clonagem de cartões, sites fraudulentos, pirâmides financeiras e golpes que simulam atendimentos oficiais. Durante o anúncio, o ministro Ricardo Lewandowski destacou que a criminalidade migrou para o ambiente virtual e se tornou mais sofisticada, exigindo novas estratégias.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, ressaltou que a cooperação entre os setores público e privado é decisiva diante de criminosos que exploram brechas e vulnerabilidades. Segundo ele, o alinhamento institucional fortalece a resposta ao crime organizado digital.
Plano de ação
O plano reúne 23 iniciativas que abrangem prevenção, educação do consumidor, detecção e resposta rápida, além de repressão e recuperação de ativos. Lewandowski afirmou que o documento seguirá em aperfeiçoamento pelos próximos cinco anos.
A estratégia inclui vídeos educativos, um glossário com 41 tipos de golpes e ações de padronização para facilitar o fluxo de informações e o combate às fraudes.
Entre os pilares estão o fortalecimento dos mecanismos de prevenção, intensificação da repressão, compartilhamento de dados, capacitação de agentes públicos e privados, acolhimento às vítimas e ampliação das campanhas de conscientização.
O ministro também frisou a importância de orientar a população de forma clara, sobretudo em situações em que vítimas não sabem como agir após um golpe.
Site informativo
A primeira entrega do plano é o novo site oficial de orientação às vítimas, que reúne informações práticas e organizadas. A plataforma disponibiliza dez trilhas com os crimes mais recorrentes, oferecendo instruções simples para situações como perda do celular, invasão de contas digitais e clonagem de perfis.
O governo também anunciou ferramentas que vão permitir ao cidadão acompanhar dados estatísticos sobre fraudes digitais, como frequência, região, horário e perfil das vítimas.
A construção do plano mobilizou 357 especialistas de 23 entidades, incluindo setores como telecomunicações, varejo e tecnologia, somando mais de 230 horas de trabalho.





















